Excursões baratas para reformados usadas em fraude de 113 milhões

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Pedro Ribeiro Simões / Flickr

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A GNR desmantelou uma rede que operava em Portugal, utilizando excursões a preços de saldo para reformados para vender produtos a preços inflacionados e à margem do Fisco.

Uma mega-fraude que terá lesado o Estado em cerca de 113 milhões de euros, avança este sábado o Jornal de Notícias.

Este esquema passava pela angariação de reformados idosos para excursões a preços convidativos, com o intuito de os levar a comprar produtos como almofadas ou colchões ortopédicos, cadeiras de massagens ou utensílios de cozinha.

Estes produtos seriam vendidos a preços inflacionados e sem quaisquer valores declarados ao Fisco.

A mega-operação da Unidade de Acção Fiscal da GNR, que actuou em parceria com as Finanças, levou à detenção de três empresários e à apreensão de 33 milhões de euros em produtos, de 44 mil euros em cheques e de 8 mil euros em dinheiro.

O esquema terá sido levado a cabo durante cinco anos, segundo nota o JN, com o envolvimento de quinze empresas de Lisboa, Coimbra, Elvas e Campo Maior com ligações entre si e a actuarem em Portugal e no estrangeiro.

Os lucros obtidos com o negócio seriam enviados para o Brasil.

ZAP

8 Comments

  1. Esta prática já é velha, No final da década de noventa fui a Santiago de Compostela sobre este tipo de viagens. Mas é preciso ter um coração forte para ultrapassar as investidas para se comprar objectos bem caros!

  2. Isto já é quase tão velho como Adão e Eva e só agora é que deram por ela! Quantos GNR teriam andado por essas excursões pois isto não é apenas para idosos é para quem queira, a verdade é que os idosos ainda fazem andar muita coisa neste país, se entrarmos em restaurantes a grande maioria dos clientes são idosos e muitas vezes acompanhados por filhos ou netos que nesse dia até simpatizam com os velhotes e vão comer à custa do orçamento.

  3. É mesmo o Sampaio mais a sua senhora, numa tarde de domingo a passear na sua Scooter, como se pode ver lá atrás!!! Fastastico, e o mais engraçado é ter a correia da mala ao pescoço… He he he

  4. É verdade, este esquema já dura há mais de 10 anos. Tenho familiares na Golegã que iam nessas excursões e compravam bugigangas 20 vezes mais caras do que os preços praticados por vendedores ambulantes de origem estrangeira que andam pelas feiras do interior. Uma vez vi no ebay um estojo de cozinha por 1,99 euros que custou a um familiar meu 39,99 euros numa dessas excursões. E como funcionava? Alguém do convívio diário do idoso telefona para casa para convidar para a excursão. Dão pequeno almoço e almoço, com um período para vendas antes do almoço. Se as vendas não correm bem, os criminosos começam a ameaçar “hoje ninguém almoça” ou “hoje ninguém vai ver o monumento” e assim por diante…….

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