Provas e exames nacionais vão progressivamente passar a ser feitos em formato digital até 2025. Assim prevê o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que reserva um investimento de 12 milhões de euros para completar a transição do papel para o digital.
“Adotar processos desmaterializados de elaboração, distribuição, aplicação, realização e classificação das provas de avaliação interna e externa no âmbito da atividade do Instituto de Avaliação Educativa”, lê-se no plano citado pelo Jornal de Notícias.
Este ano, o primeiro diagnóstico feito a alunos do 3.º, 6.º e 9.º anos para aferir o impacto do ensino à distância já foi feito de forma digital.
A ideia do Governo é reverter as baixas médias de literacia digital e usar os fundos europeus da “bazuca” para robustecer as infraestruturas e equipamentos das escola.
Contactado pelo matutino, o Ministério da Educação explicou que o alargamento das tecnologias de informação e comunicação (TIC) ao 2.º ciclo é um primeiro passo nesse sentido.
“Não é possível aprofundar currículo sem atribuir mais tempo e mais professores à disciplina”, assegura o presidente da Associação de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira. A seu ver, esta é a área “mais deficitária nas escolas”, em termos de equipamentos e de recursos humanos.
“Olhamos para as metas e promessas do plano com muita esperança, pelas possibilidades fantásticas a curto prazo como, por exemplo, poder abrir cursos na área da multimédia. Mas, sem os recursos humanos adequados, corremos o risco de ter o material desejado e não o conseguir usar devidamente”, acrescenta.
Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), considera fundamental “renovar o material obsoleto e reforçar a rede para a internet não estar sempre a cair”.
O objetivo é que em todos os espaços escolares haja cobertura wi-fi. Isto deverá constituir um investimento na ordem dos 110 milhões de euros. Outro objetivo até ao fim de 2023 é ter um projetor em cada sala de aula das escolas públicas do país — um investimento estimado em 27 milhões de euros. A criação de uma biblioteca digital para repositório de ebooks também consta do plano, escreve o JN.