A depressão pós-parto afeta cerca de 20% das mulheres que têm filhos. Além de colocar as mães em risco, pode comprometer o desenvolvimento comportamental, cognitivo e social das crianças.
Agora, um estudo desenvolvido pela cientista Jessica Connelly, da Universidade da Virgínia (EUA), com a colaboração de cientistas de outras instituições nos Estados Unidos e no Reino Unido, levou à descoberta de que a hormona oxitocina, envolvida no aleitamento e no afeto entre mães e bebés, também está associada à depressão pós-parto.
A pesquisa, publicada na revista Frontiers in Genetics, revela que os baixos níveis desta hormona no sangue podem servir como indicativo de que a mulher terá o problema.
Para chegar a esta conclusão, foi analisada a informação de milhares de mulheres.
“Podemos melhorar bastante o desenvolvimento desta doença com a identificação de marcadores, biológicos e outros, que permitem identificar as mulheres que podem estar em risco de desenvolvê-la”, afirma Jessica Connelly. “Sabemos que que as mulheres que tiveram depressão antes da gravidez têm maior risco de desenvolver depressão no período pós-parto. Estes marcadores que identificámos podem ajudar a identificá-los antecipadamente”.
A depressão pós-parto é mais comum em mulheres que já apresentaram sintomas depressivos ao longo da vida, e mais ainda naquelas que ficam deprimidas durante a gestação. Apesar disso, o problema pode surgir em quem nunca teve a doença.