O antigo responsável da agência de segurança nacional do Cazaquistão foi detido sob acusação de traição depois de ter sido demitido na sequência dos motins no país.
O Comité de Segurança Nacional (KNB) disse, este sábado, que o seu antigo diretor, Karim Massimov, foi detido na quinta-feira depois de ter sido lançada uma investigação sobre alta traição.
“A 6 de janeiro deste ano, o Comité de Segurança Nacional lançou uma investigação preliminar por alta traição“, lê-se na declaração.
“No mesmo dia, o antigo chefe do KNB, Massimov, que é suspeito de ter cometido este crime, foi detido e colocado num centro de prisão preventiva juntamente com outras pessoas”, acrescenta-se.
O Cazaquistão, o maior país da Ásia Central, está a recuperar de um protesto que eclodiu nas províncias no domingo antes de se espalhar para outras cidades e especialmente para Almaty, a capital económica, onde as manifestações se transformaram em tumultos caóticos e mortíferos.
O chefe de Estado, Kassym-Jomart Tokayev, autorizou as forças de segurança na sexta-feira a “disparar para matar” a fim de pôr termo a qualquer rebelião e, apoiado pela Rússia, excluiu a negociação com os manifestantes.
Um contingente de tropas da Rússia e outros aliados de Moscovo chegou ao Cazaquistão na quinta-feira para apoiar o Governo, protegendo edifícios estratégicos e apoiando a aplicação da lei.
Noursoultan Nazarbaïev, ex-Presidente cazaque, apelou à população para apoiar o Governo a enfrentar a crise que o país atravessa.
Nazarbaïev “apelou a todos os cidadãos para se reunirem em torno do Presidente do Cazaquistão para lhe permitir ultrapassar esta crise e garantir a integridade do país”, escreveu o porta-voz, Aidos Ukibay, no Twitter.
ZAP // Lusa