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A ex-Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye
Park Geun-hye, a ex-Presidente sul-coreana, que está atualmente presa por corrupção, está na lista de pessoas a serem indultadas no Ano Novo.
De acordo com a Lusa, a ex-Presidente, de 69 anos, vai ser perdoada devido a problemas de saúde, explica o governo coreano.
Horas antes da decisão ser anunciada, um funcionário do gabinete presidencial que solicitou o anonimato tinha dito à agência noticiosa Yonhap que Park estava “incluída numa lista de pessoas a serem perdoadas“.
Park Geun-hye foi hospitalizada três vezes este ano, devido a dores crónicas na parte inferior das costas e ao ombro em que foi operada em 2019.
O Supremo Tribunal da Coreia do Sul confirmou a condenação da antiga chefe de estado conservadora a 20 anos de prisão, por um caso de corrupção conhecido como chamada trama sul-coreana “Rasputina”, que levou à sua destituição, em 2017.
A decisão pôs termo a um longo processo judicial após a destituição de Park, precedida de meses de protestos nas ruas.
Park foi a primeira mulher eleita para o cargo na Coreia do Sul, e tinha sido condenada em 2018 a 30 anos de prisão por corrupção e abuso de poder.
Os tribunais viriam a reduzir a pena a 20 anos de prisão, na sequência de uma série de recursos da defesa.
O Supremo Tribunal aprovou igualmente as multas a pagar pela antiga chefe de Estado, de 21,5 mil milhões de won (16 milhões de euros). A ex-Presidente foi ainda condenada a dois anos de prisão por infrações às leis eleitorais.
Se cumprisse as duas penas integralmente, Park Geun-hye teria mais de 80 anos quando fosse libertada.
Muitos consideraram provável que a sua sucessora na presidência, a liberal Lua Jae-in, lhe concedesse um perdão, como aconteceu com outros ex-presidentes sul-coreanos presos por corrupção, tais como Roh Tae-woo ou Chun Doo-hwan.
A decisão surgiu pouco mais de três meses antes das próximas eleições presidenciais na Coreia do Sul.
