O ex-diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Manuel Jarmela Palos, entrou com uma ação contra o Estado, na qual pede mais de 147 mil euros.
Manuel Jarmela Palos foi o primeiro diretor de uma polícia portuguesa a ser detido e preso preventivamente, durante quatro meses, e afastado do cargo. Agora, o ex-diretor do SEF está a processar o Estado, pedindo uma indemnização de mais de 147 mil euros, avança o Expresso.
Palos estava acusado de um crime de corrupção passiva e dois de prevaricação no âmbito do caso dos vistos gold.
Juntamente com o antigo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, era acusado de fazer parte de uma rede de troca de favores envolvendo vistos gold, cursos em Angola, tratamento de doentes líbios e concursos públicos viciados.
O ex-diretor foi, entretanto, ilibado de todos os crimes a 4 de janeiro de 2019. Na altura, o juiz realçou que “o tribunal não teve quaisquer dúvidas” da sua absolvição.
Quando foi constituído arguido na “Operação Labirinto”, o juiz Carlos Alexandre determinou-lhe como medida de coação “a suspensão do exercício da profissão e da atividade pública”.
Ainda quando estava preso, interpôs uma ação para impedir que lhe fosse cortasse o ordenado, mas o pagamento ficou mesmo suspenso.
O semanário escreve ainda que só em 2019 é que o ex-diretor pôde reentrar na carreira de investigação e fiscalização do SEF. Desde setembro deste ano que Jarmela Palos está colocado como Oficial de Ligação na embaixada de Portugal, em Madrid, por proposta de Eduardo Cabrita.