Inspecção-Geral das Actividades em Saúde conclui que o ex-director executivo do SNS, António Gandra D’Almeida, desrespeitou a lei no acesso à consulta de especialidade que lhe permitiu ser operado no Hospital de Vila Nova de Gaia.
Em causa está a cirurgia que Gandra D’Almeida realizou em Outubro de 2024, no Hospital Santos Silva, em Vila Nova de Gaia. O ex-director do Serviço Nacional de Saúde (SNS) desrespeitou a lei no acesso à primeira consulta que lhe permitiu, depois, ser operado.
A conclusão é da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) após uma auditoria cuja conclusão é citada pelo jornal Público.
A primeira consulta de especialidade é essencial para poder ter acesso a uma cirurgia no SNS, mas, muitas vezes, os utentes ficam meses a aguardar por uma vaga.
Gandra d’Almeida “saltou” os procedimentos estipulados para ter acesso à consulta, não tendo sido referenciado por “unidades funcionais dos agrupamentos de saúde ou de outros serviços hospitalares da mesma instituição”, nem pelo SNS24 ou quaisquer outras entidades, constata o relatório da IGAS.
A médica que atendeu o ex-director do SNS “diligenciou pelo registo de primeira consulta da especialidade, em regime não presencial, após observação informal do utente, com o objectivo de desencadear a necessária requisição do meio complementar de diagnóstico e terapêutica (ressonância magnética) e o agendamento da consulta subsequente”, aponta ainda a auditoria.
Esta actuação “merece reparo”, uma vez que não respeita o “acesso equitativo dos utentes ao Serviço Nacional de Saúde”, sublinha ainda a IGAS.
A investigação da entidade surgiu depois de uma denúncia anónima contra Gandra D’Almeida aquando da sua operação, acusando-o de não ter respeitado as listas de espera, e de ter passado à frente de outros pacientes.
O ex-director do SNS tinha assegurado que “tudo foi feito segundo as regras” e que não cometeu “qualquer ilegalidade”.
Gandra D’Almeida demitiu-se do cargo em Janeiro deste ano, devido à acumulação de funções – era director do INEM do Norte, com sede no Porto, e médico tarefeiro nas urgências de Faro e Portimão ao mesmo tempo.
É preciso obrigar os elementos do Serviço Nacional de Saúde e do Serviço de Saúde Militar desde o topo até à base da cadeia hierárquica (médicos, enfermeiros, socorristas, auxiliares, e outros) a declarar se colaboraram/pertenceram ou colaboram/pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), depois de identificados terão de sair, os sindicatos assim como toda e qualquer actividade sindical ou de associação proibidos, e os despedimentos implementados no Estado.
O nosso PM fez ontem um número miserável no parlamento, “não digo quem são os meus clientes”, mas ” são um grupo da distribuição, um grupo da indústria farmacêutica, da construção-aço e dos media cofina…”
E o MP não faz nada, vergonha de País!
Este “espertalhão” aproveitou as novas oportunidades e foi promovido a diretor do SNS, “sabia trabalhar”.
No mínimo devia devolver os recebimentos indevidos, e responder judicialmente pelos crimes.