Ex-CEO da TAP avança com processo e exige quase seis milhões de euros de indemnização

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António Cotrim / LUSA

A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener

Christine Ourmières Widener contesta a legalidade do seu despedimento e exige 5,9 milhões de euros de indemnização.

A ex-presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, já deu entrada com o processo cível contra a empresa e exige cerca de 5,9 milhões de euros, segundo o portal Citius.

De acordo com a informação avançada pelo jornal ECO e confirmada pela Lusa na plataforma eletrónica dos tribunais, a ação dos advogados de Christine Ourmières-Widener deu entrada na terça-feira e foi distribuída hoje ao juiz 3 do Juízo Central Cível de Lisboa, apontando como réus as empresas TAP SGSP e a TAP S.A.

A ex-CEO da TAP e o ex-presidente do conselho de administração responderam, em abril, aos ofícios da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) para a sua demissão, criticando o processo desencadeado pelo Ministério das Finanças.

Christine Ourmières-Widener apelou à “nulidade do procedimento por fraude à lei”, defendendo que “o Governo degradou a audiência prévia a uma mera formalidade não essencial, desprovida de qualquer sentido útil”, ao anunciar na conferência de imprensa a sua demissão.

A demissão de Ourmières-Widener foi comunicada em março pelos ministros Fernando Medina e João Galamba, após as conclusões da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças a saída da ex-administradora Alexandra Reis.

Reis, antiga administradora da TAP, tinha acordado uma indemnização de 500 mil euros, mas a Inspeção-Geral de Finanças considerou o acordo inválido, alegando que não havia fundamento legal para a compensação. Como resultado, Ourmières-Widener e o presidente do conselho de administração, Manuel Beja, foram demitidos, e Reis foi obrigada a devolver grande parte da indemnização.

Ourmières-Widener contestou o processo de demissão, alegando que o Governo não seguiu os procedimentos corretamente e que ela não teve envolvimento na decisão de saída de Reis. Defendeu ainda que deveria receber um bónus pelos resultados financeiros positivos da empresa em 2022, onde a TAP registou um lucro de 65,6 milhões de euros.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Não haviam gestores portugueses capazes, foi preciso ir buscá-los lá fora. E lá vão mais 5 milhõezinhos, na corrente das asneiradas administrativas da TAP.

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