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Surpresa em Évora: festival cancelado porque deixou de ser prioridade da Fundação Inatel

Festival Imaterial iria realizar-se em maio mas já se sabe que nem vai arrancar. Retirada de apoio financeiro impede nova edição.

A 5.ª edição do Festival Imaterial, que deveria acontecer de 16 a 24 de maio de 2025, em Évora, foi cancelada, após a Fundação Inatel ter retirado o apoio financeiro, revelou hoje o presidente da câmara municipal.

“A retirada do apoio financeiro do Inatel põe em causa o Festival Imaterial”, pelo que “não será possível realizar” a próxima edição, afirmou hoje o presidente do município, Carlos Pinto de Sá, em declarações à agência Lusa.

O evento foi realizado pela primeira vez em 2021, fruto de uma parceria entre a Câmara de Évora e a Fundação Inatel, para promover o Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Nas declarações à Lusa, o autarca disse ter sido surpreendido com o fim da parceria, “há poucos dias”, durante uma reunião com a vice-presidente da Fundação Inatel, Eduarda Maria Gomes Marques, realizada em Évora.

“Fui surpreendido, numa reunião com os responsáveis do Inatel, por terem dito que, por decisão das novas orientações estratégicas, entendiam dar prioridade a outras áreas e que esta não era prioritária para eles”, argumentou.

Assim, segundo Pinto de Sá, a Fundação Inatel denunciou a parceria que mantinha com a câmara para a realização do festival, o que implica também o fim da comparticipação financeira para a iniciativa.

Não temos condições financeiras para, com este corte, podermos manter o festival”, justificou.

Carlos Pinto de Sá indicou que pretende analisar esta situação com os programadores e elementos da produção do festival, mas insistiu que “a câmara não tem condições para, por si só, aumentar o seu esforço financeiro para sustentar o Imaterial”.

Quanto ao futuro do evento, o presidente do município admitiu “ponderar a possibilidade de ter novos parceiros ou encontrar uma solução diferente”, mas reiterou a necessidade de analisar as soluções em conjunto com programadores e elementos da produção.

“As várias possibilidades estão em aberto, mas, claramente, o Imaterial, como se realizava, não vai ter lugar”, acrescentou.

O Imaterial, cuja programação esteve sempre a cargo do diretor artístico e de produção do Festival Músicas do Mundo (FMM) em Sines, Carlos Seixas, incluía concertos, cinema, performance, conferências e conversas.

A edição de 2023 contou com mais de 6.000 espetadores.

// Lusa

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