Eurovisão 2017 em perigo por falta de financiamento

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Maja Suslin / EPA

A ucraniana Jamala venceu a 61ª edição do Festival Eurovisão com a canção "1944"

A ucraniana Jamala venceu a 61ª edição do Festival Eurovisão com a canção “1944”

A Ucrânia está em risco de não ser anfitriã do Festival Eurovisão da Canção em 2017, por não conseguir suportar o investimento no concurso. A sombra do cancelamento do evento paira agora sobre a organização, depois da demissão do presidente da estação pública de televisão ucraniana (NTU).

Segundo a imprensa local, Zurab Alasania demitiu-se devido à pressão de assumir os compromissos para o financiamento do evento e apontou o dedo à falta de apoio estatal. Alasania explicou que o governo de Kiev investiu menos de 7 milhões de euros na Eurovisão, quando a fatura total pode ascender aos 40 milhões.

Em entrevista à imprensa ucraniana, o presidente da NTU afirmou: “Ultrapassar a resistência dos burocratas é muito difícil, e apenas nos queixámos recentemente.

Mas agora estamos desesperados. Não seremos capazes de organizar a Eurovisão em 2017“, confessou.

Alasania negou que a sua demissão seja um ato de chantagem e demonstrou esperança que a atitude fomente a discussão sobre os problemas que a estação pública enfrenta e sublinhou que não irá voltar atrás na sua decisão.

A NTU deve estar representada por alguém mais flexível, que seja capaz de cumprir os compromissos e de equilibrar os diferentes interesses presentes“, acrescentou.

O governo ucraniano aceitou de imediato a sua demissão.

A União Europeia de Radiodifusão (UER), organismo supervisor do festival, reconheceu estar ciente das dificuldades que se colocam à organização da 62.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, mas espera que os obstáculos tenham resolução.

Um representante da UER falou com a Billboard: “Mantemos contacto permanente com a NTU e estamos a fazer todos os possíveis para os auxiliar.

O jornal britânico Telegraph adianta ainda que se a Ucrânia desistir da organização do evento, a vizinha Rússia, terceira colocada na edição deste ano, poderá assumir a responsabilidade.

A hipótese, se concretizada, iria inflamar ainda mais a tensão existente entre os dois países. No final do certame de 2016, a nação liderada por Putin ameaçou deixar de participar na competição.

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