Europa sem rainhas: renúncia Real anunciada na mensagem de Ano Novo

A Rainha Margarida II, da Dinamarca

Rainha da Dinamarca está no cargo há mais de 50 anos mas vai deixar de ser uma dupla recordista. Líderes de outros países têm outras preocupações.

“Decidi que agora é o momento certo. A 14 de janeiro de 2024, 52 anos após suceder ao meu querido pai, deixarei de ser a rainha da Dinamarca”.

Foi assim que a Margarida II fechou o ano.

Na mensagem de Ano Novo, transmitida neste domingo, a rainha anunciou que vai deixar de liderar o reino dinamarquês.

Apesar de ter dito, noutras situações, que ser rainha era “um dever para toda a vida”, agora quebra a tradição nórdica – onde os monarcas não abdicam – por causa do “desgaste”.

Margrethe Alexandrine Þórhildur Ingrid é a rainha há mais tempo no cargo no mundo (só superada pelo sultão do Brunei, Hassanal Bolkiah) e a única rainha na Europa – atingiu esses dois registos quando Isabel II morreu.

O seu sucessor será o seu filho, o príncipe herdeiro Frederico.

Outras prioridades

A guerra em Gaza foi um foco da mensagem de ano novo de Recep Tayyip Erdoğan. O presidente da Turquia avisou: “Primeiro é preciso que os países chamados democráticos e libertários deixem de apoiar organizações terroristas e assassinas. Para isso, todos os países e instituições devem tomar uma posição comum contra a morte de crianças e mulheres inocentes em Gaza”.

Emmanuel Macron, presidente de França, lembrou que há eleições europeias em Junho, essenciais para a guerra na Ucrânia. Será uma altura de definir o “rearmamento” na Europa e decidir caminhos: “Ou travar a Rússia e apoiar a Ucrânia, ou ceder às potências autoritárias na Ucrânia; ou continuar a Europa, ou bloqueá-la”.

Xi Jinping falou sobre uma guerra que ainda não está no terreno a esta escala: China-Taiwan. “A reunificação da pátria é uma inevitabilidade histórica. Os compatriotas dos dois lados do Estreito de Taiwan devem estar ligados por um sentimento comum de destino e partilhar a glória do rejuvenescimento da nação chinesa”.

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, leva a peito as insatisfações dos seus compatriotas, centrando-se nos problemas externos: “O nosso mundo tornou-se mais turbulento e mais duro, está a mudar a uma velocidade quase estonteante. Por isso, nós também temos de mudar. E isso preocupa muitos de nós, deixando alguns insatisfeitos. Eu levo isso muito a peito”.

Já o novo presidente da Argentina, Javier Milei, espera que as manifestações sejam limitadas após aprovação no Parlamento. E até falou na Bíblia: “Se o nosso programa for obstruído pelos mesmos de sempre, que não querem que nada mude, não teremos os instrumentos para evitar que esta crise se torne uma catástrofe social de proporções bíblicas”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.