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30% dos eurodeputados acumulam outras atividades remuneradas

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Mais de metade dos eurodeputados não se dedicam exclusivamente às suas funções parlamentares, sendo que 31% destes acumulam outras atividades remuneradas com o seu trabalho no Parlamento Europeu.

Estes são dados divulgados esta terça-feira em Bruxelas pela Organização Transparência Internacional, no âmbito de uma investigação sobre potenciais conflitos de interesses para os membros dos Parlamento Europeu.

De acordo com o Público, o nome do social-democrata Paulo Rangel ocupa a 12.ª posição da lista dos 30 eurodeputados que mais dinheiro recebem em atividades externas ao Parlamento Europeu.

“Os valores apresentados são manifestamente falsos, nem sei como os encontraram”, afirmou Paulo Rangel ao jornal, negando que os seus rendimentos atinjam os valores mencionados no relatório, disponibilizando-se ainda para mostrar as suas declarações de rendimentos.

O relatório apresentando – Moonlighting in Brussels -, é dedicado à promoção da transparência e combate à corrupção e apresenta dados sobre os rendimentos obtidos à margem do trabalho parlamentar, deixando também recomendações para apertar o regime de incompatibilidades e melhorar o grau de supervisão das atividades dos eurodeputados.

Com base nos registos entregues pelos 761 membros eleitos ao Parlamento Europeu, a Transparência Internacional concluiu que mais de metade dos eurodeputados não se dedicam exclusivamente aos seus mandatos parlamentares. Destes eurodeputados, 31% acumulam outras atividades remuneradas com o seu trabalho de eurodeputados.

Os dois rendimentos mais elevados foram declarados pelo italiano Renato Soru, fundador e CEO da empresa de telecomunicações Tiscali e membro da bancada dos socialistas e sociais-democratas, e pelo antigo campeão de póquer lituano Anatanas Guoga, que além de eurodeputado no grupo popular europeu também é empresário e dirige uma plataforma de jogos online assente numa criptomoeda. Ambos declararam valores acima de um milhão de euros anuais.

O único nome português na lista é o de Paulo Rangel, que foi cabeça-de-lista do PSD nas últimas eleições europeias e ocupa o lugar de vice-presidente do PPE. Além do seu trabalho de eurodeputado, Rangel registou exercer outras seis atividades remuneradas, entre as quais o relatório identifica as de advogado e comentador televisivo, estimando que estas atividades acrescentaram cerca de 280 mil a 704 mil euros ao seu rendimento anual.

“Nunca houve um ano sequer que auferisse um valor semelhante ao que é dado como mínimo”, disse Rangel ao Público, esclarecendo que as únicas atividades que exerce à margem do Parlamento Europeu são de professor e comentador político.

O relatório aponta que 35 eurodeputados declararam rendimentos que estão mais de 100 mil euros acima da sua remuneração base dos eurodeputados, que é de 8484 euros. O documento para a Transparência Internacional diz ainda que os mandatos no Parlamento Europeu não têm que ser exercidos em exclusividade.

ZAP //

2 Comments

  1. Isto é a prova nítida que os politicos deviam de ser somente politicos. Se assim fosse havia muito mais postos de trabalho. Mas aqui neste país de VIGARISTAS os politicos o que querem e meter-se na politica p/ SEU beneficio, e não p/ beneficio dos portugueses. Este povo é mesmo muitooooo pacifico, só quando estiver de TANGA é que vai reclamar e nessa altura não há nada a fazer.

  2. Como é que esse parasita incompetente do Paulo Rangel ainda tem a lata de vir para tv comentar como se tivesse alguma moral?!…
    E ainda diziam que poderia ser candidato a presidente do PSD…

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