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Eurodeputado português “barrado com o filho menor” e impedido de votar no Parlamento Europeu

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O eurodeputado português João Albuquerque, eleito pelo PS, teve um imprevisto como pai e foi impedido de exercer o seu papel no Parlamento Europeu por estar acompanhado pelo filho menor.

Albuquerque foi impedido de entrar no plenário do Parlamento Europeu (PE) em Estrasburgo, França, por estar acompanhado do filho menor, falhando oito dos 13 votações previstas.

“Por questões de agenda, tive de ir buscar o meu filho mais cedo [à creche]. E, como tal, tive de o levar comigo para a votação”, relata o deputado socialista ao Expresso.

Mas quando tentou entrar no plenário com a criança, foi barrado, embora o regulamento do PE não inclua qualquer proibição à entrada de menores acompanhados.

Em Fevereiro, noutra sessão do PE, Albuquerque tinha sido autorizado a entrar no plenário com o filho. Mas, na mesma semana em que isso aconteceu, acabou por ser impedido de entrar com a criança noutra sessão.

Depois disso, escreveu à presidente do PE, Roberta Metsola, que “clarificou que não havia qualquer impedimento e que dariam indicações aos serviços nesse sentido”, refere o deputado socialista ao Expresso.

Contudo, Albuquerque voltou a ter problemas nesta semana. “Protestei e referi várias vezes que tinha tido a confirmação da parte da presidente [do PE] de que não havia qualquer impedimento”, realça ao semanário.

Enquanto isso, a eurodeputada dinamarquesa Karen Melchior, do grupo liberal Renovar a Europa, pediu no plenário um voto de repúdio pelo sucedido.

“Não é aceitável alterar as regras de entrada no plenário, à última hora, e barrar um pai com o seu filho à porta, discutindo com ele à frente da criança”, apontou Melchior, como cita o Expresso.

Devemos ter um Parlamento que permita que as pessoas sejam pais e políticos ao mesmo tempo”, reforçou a eurodeputada.

Albuquerque acabou por receber a “manifestação solidária de várias centenas de deputados”, como realça, e acabou por conseguir entrar no plenário, após várias diligências dos serviços. Mas falhou oito das 13 votações que estavam previstas.

ZAP //

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