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EUA vetam palestiniano proposto por Guterres para enviado da ONU na Líbia

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gageskidmore / Flickr

A antiga governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, embaixadora dos EUA na ONU

A antiga governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, embaixadora dos EUA na ONU

Os EUA manifestaram a sua oposição à escolha do ex-primeiro-ministro palestiniano Salam Fayyad como enviado da ONU para a Líbia, bloqueando a nomeação, que se torna praticamente impossível sem a luz verde do Conselho de Segurança.

A embaixadora norte-americana, Nikki Haley, afirmou esta sexta-feira que o seu país está “dececionado” com a opção do secretário-geral da ONU, António Guterres, para o cargo e mostrou a sua frontal oposição.

“Durante demasiado tempo a ONU foi injustamente parcial a favor da Autoridade Palestiniana em detrimento dos nossos aliados em Israel”, disse a diplomata, que assumiu a representação dos EUA na ONU em janeiro, por indicação da administração Trump.

Nikki Haley recordou que “Washington “não reconhece actualmente um Estado palestiniano e não apoia o sinal que esta nomeação enviaria no seio das Nações Unidas”.

“No futuro, os Estados Unidos vão agir – não apenas falar – em apoio aos nossos aliados”, acrescentou Nikki Haley, indo-americana e antiga governadora da Carolina do Sul.

A mensagem da embaixadora norte-americana junto das Nações Unidas granjeou uma reação imediata por parte de Israel, que destacou que a Administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, volta a demonstrar o seu claro apoio ao país.

“Este é início de uma nova era na ONU, uma era em que os Estados Unidos estão firmemente com Israel contra qualquer tentativa de prejudicar o estado judeu”, afirmou, em comunicado, o embaixador israelita, Danny Danon.

A Administração de Trump tem insistido que irá apoiar Israel nas Nações Unidas e tem criticado insistentemente a resolução que exige o fim “imediato” da política israelita de construção de colonatos em Jerusalém oriental e nos territórios ocupados da Cisjordânia.

A resolução foi aprovada em dezembro último pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas graças à abstenção do anterior Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, informou esta semana, numa missiva ao Conselho de Segurança, da sua intenção de designar o antigo primeiro-ministro palestiniano Salam Fayyad (2007-2013) como enviado das Nações Unidas na Líbia, em substituição do alemão Martin Kobler, que termina o seu mandato este ano.

Contudo, Guterres não tornou ainda pública a sua decisão e na sexta-feira um porta-voz do secretário-geral da ONU declinou confirmar se a sua escolha recaía sobre o antigo líder palestiniano.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. É uma das muitas ideias parvas que Guterres vai ter como secretário-geral da ONU.
    O seu pensamento terceiro mundista, o seu gosto pelos movimentos palestinos (já do tempo de Yasser Arafat), o acolhimento a todo o custo e sem cuidar dos efeitos secundários de “todos” os refugiados (terroristas incluídos), irá demonstrar a curto prazo que lhe falta perfil para ocupar o lugar. O choque inevitável com a potencia que mais contribui para as ajudas da ONU irá mostrar que o lugar é para ser ocupado por alguém realista e pragmático, e não por uma Teresa de Calcutá.

  2. Carlos fosse toda a gente menos “realista e pragmático” – seguindo a tua linha de pensamento e não a semântica dessas palavras – e mais como a Teresa de Calcutá o mundo seria de facto uma imagem bem mais bonita 🙂

  3. Estou de acordo com o 2o Carlos. Realistas e pragmáticos está isto cheio, só olham para os seus próprios interesses, tal como deverá fazer o primeiro Carlos… Pense mais nos outros e não só em si e no seu bem estar e segurança. Saia do país, vá dar uma volta. Isto nem é tudo tão mau assim lá fora, tive a oportunidade de ir a israel e de conhecer a realidade de alguns palestinos e são escandalosas as condições em que alguns vivem, às pressões que são sujeitos só por serem Palestinos. Saia mais à rua Carlos, boa viagem

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