Morreu, nesta quarta-feira, o bebé recém-nascido que tinha sobrevivido ao trágico atropelamento em São Francisco, nos EUA, que matou uma portuguesa, o marido e o filho de um ano.
Matilde Ramos Pinto, cidadã portuguesa de 38 anos, o marido Diego Cardoso de Oliveira, um brasileiro de 40 anos, o filho Joaquin, com cerca de um ano, e o bebé de dois meses estavam numa paragem de autocarro quando foram abalroados por um carro que se despistou.
Diego e Joaquin tiveram morte imediata. A mãe das crianças ainda foi levada com vida para o hospital, onde acabou por falecer.
Agora, morreu também o bebé recém-nascido que estava hospitalizado em risco de vida, conforme anunciou a polícia de São Francisco, segundo cita o jornal local The San Francisco Standard.
A família estava à espera de transporte público para ir ao Zoo de São Francisco, onde esperavam celebrar o aniversário de casamento do casal, apurou o Correio da Manhã (CM).
“Um acidente horrível e comovente”
A condutora do carro responsável pelo atropelamento é identificada como Mary Fong Lau, de 78 anos, e o The San Francisco Standard refere que conduzia em contra-mão e em excesso de velocidade.
A mulher pode vir a ser acusada de homicídio em condução e de condução negligente, entre outros crimes relacionados.
Para já, ainda está hospitalizada com ferimentos enquanto se aguardam também os resultados dos exames toxicológicos para apurar se teria usado drogas ou consumido álcool antes do acidente.
O carro também vai ser analisado para confirmar se poderia ter algum problema mecânico.
O trágico acidente está a consternar a cidade e é um “trauma” para a comunidade, como destaca a supervisora da polícia de São Francisco, Myrna Melgar, citada pelo The San Francisco Standard.
“Não conseguia parar de chorar” depois de ter conhecimento do acidente, confessa ainda Melgar.
O Chefe da Polícia de São Francisco, Bill Scott, também sublinha que foi “um acidente horrível e comovente“.
Matilde Ramos Pinto era uma produtora de cinema que estava a viver “o sonho americano”, depois de ter saído de Portugal com 18 anos e de ter passado por Londres. A sua ideia era tornar-se actriz, mas acabou a trabalhar nos bastidores dos filmes como produtora executiva.
