Operação decorreu ao longo do fim de semana e já foi condenada por um porta-voz dos talibã. Zabihullah Mujahid fala em violação dos “princípios internacionais”.
Os Estados Unidos da América mataram o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, depois de uma operação antiterrorista “bem-sucedida” durante o fim de semana no Afeganistão, segundo a Casa Branca e os ‘media’ norte-americanos.
Um alto funcionário do governo norte-americano revelou aos jornalistas que decorreu no fim de semana uma “operação antiterrorista contra um grande alvo da Al-Qaeda” no Afeganistão. Segundo os ‘media’ norte-americanos, o alvo foi o líder da Al-Qaeda Ayman al-Zawahiri, vítima de um ataque com drones da CIA.
Zawahiri, com nacionalidade egípcia, foi um dos estrategas dos ataques do 11 de setembro de 2001, os quais resultaram na morte de quase 3000 pessoas após membros do grupo fundamentalista islâmico terem sequestrado quatro aeronaves e atingido edifícios icónico do poderio político, militar e financeiro dos EUA.
De acordo com a Reuters, que cita fontes da Administração Biden, a operação decorreu durante o fim de semana e não causou baixas entre civis. Tal como ressalva a mesma fonte, nos próximos dias deverão esclarecer-se as dúvidas em relação a uma eventual proteção concedida pelo regime talibã a Ayman al-Zawahiri, sobretudo após a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão, em agosto do ano passado.
Zabihullah Mujahid, porta-voz dos talibã, já reagiu ao anúncio dos Estados Unidos da América, condenando o ataque e chamando-lhe uma violação dos “princípios internacionais“.
Em declarações aos jornalistas, a partir da Casa Branca, Joe Biden descreveu começou por anunciar que o ataque tinha ocorrido no último sábado, 30 de julho, e não no domingo, como foi inicialmente avançado pela Reuters.
Explicou ainda que o líder da organização “esteve sempre ao lado de Bin Laden”. “Ele era o seu braço direito e esteve totalmente envolvido no planeamento do 11 de Setembro. Durante décadas, Zawahiri foi o cérebro por detrás dos ataques aos EUA. Agora, a justiça foi servida”, sublinhou.
“Nós [EUA] deixámos mais uma vez claro que não interessa quanto tempo demoramos ou onde se escondem. Se se trata de uma ameaça ao nosso povo, os EUA vão encontrá-la e acabar com ela”, acrescentou o Presidente dos EUA.
De acordo com Biden, a “missão foi planeada rigorosamente, de forma a reduzir drasticamente o risco de ferir outros civis”. O Presidente norte-americano disse ainda que Zawahiri estava em Cabul com o objetivo de se reunir com membros da família.
“Os EUA não procuraram esta guerra contra o terrorismo. Foi o terrorismo que nos procurou. E respondemos com os mesmos princípios e valores que têm definido o nosso país, geração após geração: proteger os inocentes, defender a liberdade e manter essa chama acesa para todo o mundo. Nós não quebramos. Nunca desistimos. Nunca recuamos”, garantiu.
Biden concluiu o seu discurso com um aviso: “Todos os que quiserem ferir os EUA, oiçam-me: vamos permanecer vigilantes e vamos agir e fazer o necessário para garantir a segurança do povo americano e do mundo”.
Já foi tarde.
O ataque às torres gêmeas não foi em 2011 mas sim em 2001
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.
Um ataque terrorista contra um terrorista.