Os Estados Unidos suspeitam que o presidente sírio, Bashar al-Assad, foi responsável por um ataque com armas químicas na fronteira da província de Idlib, na Síria.
Armas químicas poderão estar a ser usadas para combater os rebeldes sírios. Os Estados Unidos já deixou o aviso que, a confirmar-se esta teoria, seriam tomadas medidas de retaliação de Washington e dos seus aliados.
“Ainda estamos a reunir informações sobre o acidente de domingo, mas repetimos o nosso aviso de que se o regime de Assad usar armas químicas, os Estados Unidos e os nossos aliados responderão rapidamente e apropriadamente“, disse Morgan Ortagus, porta-voz do departamento de Estado.
O suposto ataque aconteceu no passado domingo, em Idlib, onde o presidente sírio tem reforçado a sua presença militar. Nos últimos tempos, foram mortas 150 pessoas nessa região e mais de 200 mil ficaram desalojadas.
Segundo o The Guardian, que cita fontes locais, as munições das armas do exército sírio terão libertado cloro, que feriu pelo menos quatro combatentes rebeldes da Hayat Tahrir al-Sham. Contudo, não foi dada uma confirmação oficial do uso de cloro, visto que não foram detetados mais casos semelhantes nos moradores.
Apesar disso, Ortagus defende que o ataque foi parte de uma violenta campanha de Assad, que violou um cessar-fogo que protegeu milhões de civis de Idlib. “Os ataques do regime contra as comunidades do noroeste da Síria devem acabar”, disse em comunicado.
Esta não seria a primeira vez que os Estados Unidos responderiam em força ao uso de armas químicas por Assad. Trump bombardeou a Síria por duas ocasiões, em abril de 2017 e abril de 2018, por essa mesma razão.
Ainda em setembro do ano passado, um alto funcionário dos EUA disse que havia evidências de que as forças do governo se estavam a preparar para usar armas químicas numa jogada ofensiva em Idlib.