Nos Estados Unidos, as pessoas que disseminarem intencionalmente o novo coronavírus podem enfrentar acusações criminais sob as leis federais de terrorismo.
A cultura de partidas online estiveram em plena exibição durante a pandemia do novo coronavírus, com crianças a lamber sanitas e a tossir na cara dos idosos. Agora, terão de pensar duas vezes porque o Departamento de Justiça pode acusar pessoas que espalharem o vírus intencionalmente de terrorismo.
Num memorando para os principais líderes do Departamento de Justiça, chefes de agências de aplicação da lei e procuradores dos Estados Unidos em todo o país, o vice-procurador-geral Jeffrey Rosen disse que promotores e investigadores podem encontrar casos de “exposição proposital e infeção de outras pessoas com a Covid-19″.
“Como o coronavírus parece atender à definição estatutária de agente biológico, esses atos podem implicar os estatutos relacionados ao terrorismo da Nação“, escreveu Rosen, citado pelo jornal norte-americano Politico. “Ameaças ou tentativas de usar a Covid-19 como uma arma contra os americanos não serão toleradas.”
Por outro lado, Rosen não disse se estas ameaças ou exposições intencionais já terão sido relatadas ou se o aviso foi feito apenas por precaução.
O Departamento de Justiça também criou uma equipa de ação para tratar da acumulação e de preços relacionados com suprimentos urgentemente necessários para a luta contra o vírus.
O procurador-geral Bill Barr disse, durante uma reunião na Casa Branca na segunda-feira, que o stock de suprimentos como máscaras seria processada. No entanto, memorandos publicados por Barr e Rosen, na terça-feira, revelaram que o Departamento de Saúde e Serviços Humanos ainda não designou formalmente os objetos relacionados com a saúde que o governo deseja que sejam cobertos pela Lei de Produção de Defesa.
Segundo o balanço mais recente, os Estados Unidos registaram, esta quarta-feira, 1.031 mortes causadas pelo novo coronavírus e contam ainda com 68.572 casos da doença, o que coloca o país em terceiro lugar, atrás de Itália e da China, em relação ao número de infetados.