Desapareceram sem deixar rasto os rebeldes sírios que participaram no programa dos EUA para treinar combatentes contra o Estado Islâmico, revelou o porta-voz do Departamento de Defesa, Peter Cook, num briefing apresentado esta terça-feira.
“Temos preocupações sobre a localização de todos estes indivíduos, todos estes estagiários”, confirmou Peter Cook.
“Não posso especificar onde cada um deles se encontra, depois de ter deixado o treino”, acrescentou.
Cook explica que o Departamento de Defesa “tem grandes preocupações” com a possibilidade de algum destes combatentes, treinados pelos EUA, se juntar às fileiras de grupos como a Frente al-Nusra, afiliado da al-Qaeda na Síria.
Segundo dados do Departamento de Defesa dos EUA, o programa foi desenhado para treinar 5.400 rebeldes sírios moderados para combater o Estado islâmico, mas treinou até agora apenas 54 combatentes oposicionistas.
Cerca de uma dezena destes combatentes foram capturados, mas posteriormente foram libertados pela Frente al-Nusra em julho.
Supostamente, os restantes combatentes terão sido mortos ou desapareceram.
Segundo Peter Cook, o programa não atingiu as expetactivas do governo em termos de eficácia, razão pela qual está a ser alvo de “perguntas muito duras”.
“Tiramos lições disto, continuamos a tirar lições e iremos continuar com este programa”, sublinhou o porta-voz do Departamento de Defesa.
Os EUA estão presentemente a apoiar os chamados “rebeldes sírios moderados”, fornecendo ajuda financeira e armas ligeiras.
Além disso, os EUA lideram uma coligação de 62 nações que está a efectuar ataques aéreos contra as posições do Estado Islâmico na Síria desde setembro de 2014.
Porém, a actividade da coligação não é coordenada com as autoridades sírias, o que tem levantado muitas críticas – por exemplo, por parte da Rússia.
No início do mês, o The Daily Beast, site de notícias e opinião especializado em política e cultura pop, revelou que David Petraeus, o influente ex-director da CIA e ex-comandante das forças americanas no Iraque e Afeganistão, propôs uma cooperação com a Frente al-Nusra, ligada à al-Qaeda, o antigo inimigo dos EUA, para derrubar o Estado Islâmico.
A guerra civil na Síria estende-se desde 2011 e, segundo dados da ONU, já causou a morte de mais de 230 mil pessoas.
O governo sírio luta contra vários grupos rebeldes e organizações militares, incluindo a Frente al-Nusra e o grupo terrorista Estado Islâmico.
No entanto, o Ocidente não quer considerar o presidente da Síria, Bashar Assad, como um aliado na luta contra o grupo terrorista.
O Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, operava inicialmente apenas na Síria, onde os seus militantes lutavam contra as forças do governo.
Posteriormente, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdad, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque, onde ocupa agora um vasto território.
No final de junho de 2014, o grupo anunciou a criação de um “califado islâmico” nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.
O mal da guerra na Síria e noutros locais é os EU, Rússia e muitos outros meterem o nariz onde não devem depois resulta numa tragédia imensa como está á vista e ninguém se considera responsável, quanto aos tais moderados o mais provável é já terem passado para o outro lado da barricada.
Quando os Estados Unidos da América, sob a presidência de George W. Bush invadiram o Iraque, a pretexto das inventadas “armas de destruição maciça”, o Rei da Jordânia alertou que isso iria despoletar uma onda islâmica de radicalismos.
Acessoriamente, lembro o apoio do antigo Primeiro-Ministro Britânico Tony Blair, do ex-PM espanhol José Maria Asnar e… do ex-PM português Durão Barroso, posteriormente Presidente da Comissão Europeia.
Grandes DEMOCRÁPULAS.
TAPADO,
A diferença entre uma democracia como a norte-americana, sim, uma democracia, com os seus defeitos e os seus podres, e uma ditadura, como qualquer uma das que ainda existem ou estão de regresso, é que uma ditadura teria entrado no Iraque no fim da guerra das armas de destruição massiva e teria encontrado as armas.
Não haja dúvida, as armas teriam “aparecido”.
Numa democracia, sim, democracia, os palermas fazem uma guerra por causa das WMD, e no fim passam meses à procura das armas, e no fim, “ooops, parece que afinal não havia armas”.
Palermas.
Mas com todos os seus defeitos, prefiro uma democracia podre a uma ditadura fresca.
Parece que algum “parente” fresco e palerma dos DEMOCRÁPULAS se reviu na questão !!!
Não era uma boa questão para ser tratada no dia 11 de setembro… De resto, a democracia norte-americana é, na realidade, uma plutocracia.