A China está a ser acusação de uma “violação flagrante” da obrigação de aplicar sanções internacionais à Coreia do Norte. Os Estados Unidos estão a oferecer uma recompensa de cinco milhões de dólares por informações.
De acordo com a agência Reuters, Alex Wong, secretário adjunto para a Coreia do Norte, acusou a China de ter recebido 20 mil trabalhadores norte-coreanos, o que é uma desobediência às regras impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
No Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington, Wong afirmou que a China está a sabotar o regime de sanções que tenta convencer a Coreia do Norte a abandonar o programa nuclear.
Wong insistiu que a China hospeda pelo menos 20 representantes norte-coreanos relacionados com o programa de armamento ou com o sistema bancário do país, continuando a fazer negócios com essas entidades que estão sancionadas pela ONU.
Washington também acusou a China de ajudar a Coreia do Norte a lavar dinheiro de roubos cibernéticos realizados para arrecadar fundos para os seus programas de armas.
Por outro lado, a China afirma que cumpre as sanções da ONU contra a Coreia do Norte, embora também tenha, juntamente com a Rússia, expressado esperança de que uma flexibilização dessas condições possa ajudar a quebrar o impasse nas negociações nucleares entre Washington e Pyongyang.
O Departamento do Estado vai lançar um site para que qualquer pessoa com informações valiosas sobre a alegada fuga às sanções impostas à Coreia do Norte possa denunciar os casos. Em troca, receberá uma recompensa em dinheiro.
“Em nenhum outro país vemos esta amplitude e profundidade da continuidade das atividades comerciais ilícitas com a Coreia do Norte, cuja escala coloca a China em flagrante violação das suas obrigações”, sublinhou Wong.
O presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, realizou cimeiras sem precedentes com o líder norte-coreano Kim Jong-un para tentar persuadi-lo a desistir das suas armas nucleares.
Porém, em outubro, a Coreia do Norte lançou um dos maiores mísseis balísticos intercontinentais móveis rodoviários do mundo. Especialistas afirmam que será capaz de chegar a qualquer ponto nos Estados Unidos se entrar em operação.