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Reviravolta: EUA abrem diálogo com a Coreia do Norte “sem condições prévias”

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unc-cfc-usfk / Flickr

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson

É uma reviravolta surpreendente na abordagem efectuada pelos EUA ao conflito com a Coreia do Norte. A administração Trump abre a porta ao “diálogo directo” com o regime de Kim Jong-un sem impor “condições prévias”, como o abandono do programa nuclear.

Os EUA sempre exigiram aos norte-coreanos a renúncia ao armamento nuclear como ponto preliminar para quaisquer conversações, com vista a uma solução para a tensão latente entre os dois países.

Agora, o secretário de Estado Rex Tillerson oferece à Coreia do Norte um diálogo directo e sem condições prévias”, conforme referiu numa conferência em Washington, segundo adianta a CNN.

Esta proposta é tão mais surpreendente quando, há cerca de 15 dias, a Coreia do Norte lançou aquele que foi descrito como o seu míssil intercontinental mais poderoso, com capacidade para atingir os EUA.

É também uma abordagem completamente contrária àquele que tem sido o discurso oficial de Trump, que chegou a ameaçar lançar um ataque militar “esmagador” contra o regime de Kim Jong-un.

“Estamos prontos para falar, em qualquer altura que a Coreia do Norte queira”, diz, agora, o secretário de Estado norte-americano.

Tillerson afiança que não é viável pedir ao regime norte-coreano que desista do seu programa nuclear, frisando que Trump também concorda com esta ideia.

“Não é realista dizer que só vamos falar se aparecerem à mesa prontos para desistir do seu programa”, salienta, citado pelo canal televisivo. “Investiram demasiado nele e o Presidente está também muito realista em relação a isso”, constata.

Assim, os EUA estão “preparados para ter o primeiro encontro sem pré-condições”, frisa Tillerson. “Vamos simplesmente encontrar-nos, e podemos falar sobre o tempo se quiserem”, acrescenta. “Mas podemos, pelo menos, sentar-nos e vermo-nos face a face e depois, podemos começar a traçar um mapa, um roteiro daquilo em que podemos estar interessados em trabalhar”, diz ainda.

A única exigência para que este diálogo ocorra é que haja um “período de calma” nos testes de mísseis norte-coreanos pois, sem isso, será “muito difícil ter discussões produtivas”.

Durante a mesma conferência, o secretário de Estado americano abordou ainda as conversações diplomáticas com a China, referindo, nomeadamente, que têm abordado uma actuação conjunta perante um eventual colapso do regime norte-coreano.

O Secretário de Estado revelou também que os EUA se comprometeram com os chineses a afastarem-se da fronteira norte-coreana, mantendo apenas um papel interveniente na questão das armas nucleares, para que não caiam “em mãos indesejáveis”.

SV, ZAP //

7 Comments

  1. Paises ranhosos de todo o mundo, uni-vos! Desenvolvei armas nucleares a passai a falar grosso! Matai o vosso povo a fome e montai campos de concentração porque o crime compensa! A realpolitik desta noticia volta a revelar que os princípios morais nao existem na politica internacional. Um facínora como KJU começa a levar a agua ao seu moinho. As sancoes de nada serviram. Sao um governo exemplar, alias. Pelo caminho ficam uns milhoes de mortos mas que interessa isso?
    Se isto se confirmar, um palpite: próxima potencia nuclear Japão. É malta pouco boa de assoar e não estão a dormir…é o que eu faria…

  2. ele (Kim Jong-un) faz o que quer e ninguem o manda parar
    temos tanta gente nas naçoes unidas e ate estes parecem fantoches nas maos da coreia do norte
    se tivessem mao pesada ele ja nao brincava com o mundo

  3. O que vai acontecer se algum diálogo chegar a haver entre ambos é que vão acordar dinheiro ou alimentos dos USA para a Coreia do Norte que lhes vai fazer um jeitão e no final estes irão continuar com o armamento nuclear, aquilo não é gente séria para negociar a sério!.

  4. Isto é muito estranho e trás água no bico, eu sinceramente acho que Trump quer deixar claro para o mundo que tentou dialogar, que se quis sentar á mesa para conversações, mas que infelizmente não houve reciprocidade da outra parte e por isso teve que fazer o que não queria, ele quer destruir a Coreia não quer é ficar para a história como sendo ele o mau da fita, porque não estamos todos loucos ou estamos, ainda há dias dizia que tratava da Coreia que os EUA iam resolver e agora muda de um dia para o outro, Naaaa

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