Uma etiqueta multifuncional permitiu conhecer detalhadamente o comportamento das garoupas

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Conhecer grandes animais subaquáticos é uma tarefa árdua para os cientistas, quase impossível sem a ajuda de etiquetas eletrónicas.

Os dados obtidos a partir destes sensores dão aos investigadores uma importante visão da biomecânica, dos padrões de atividade, do gasto de energia e dos comportamentos de mergulho e acasalamento destes animais.

A garoupa do Atlântico (Epinephelus itajara) tem sido muito pouco estudada. Neste sentido, cientistas da Florida Atlantic University decidiram investir tempo de estudo neste peixe, que pode atingir os 2,4 metros de comprimento.

A equipa afixou uma nova etiqueta multifuncional de alta tecnologia nas barbatanas de seis peixes que, depois de terem sido medidos e pesados, foram libertados no oceano.

Segundo o New Atlas, cada etiqueta, alimentada por uma bateria, inclui um acelerómetro de três eixos, giroscópio e magnetómetro (três instrumentos conhecidos por comporem uma unidade de medição inercial ou IMU), sensores de temperatura, pressão e luz, uma câmara de vídeo e um hidrofone para monitorização do som subaquático.

À medida que os peixes navegavam pelas águas, seguindo a sua atividade habitual, todos os sensores registavam continuamente os dados.

Após três dias, um mecanismo de libertação fez com que cada etiqueta saísse da barbatana do anfitrião e flutuasse até à superfície.

Os transmissores do dispositivo foram então utilizados para localizar as etiquetas, de modo a que todos os dados armazenados pudessem ser recuperados e analisados, através de  algoritmos especiais baseados em machine-learning.

A análise conseguiu identificar padrões de comportamento específicos com base em combinações de ações que foram simultaneamente registadas pelos diferentes sensores.

O portal detalha que os cientistas estavam particularmente interessados no momento, localização e frequência das vocalizações “em ebulição” dos peixes, que são utilizadas tanto durante o comportamento de cortejo dos animais, como em conflito com outras garoupas.

Através deste mecanismo, a equipa foi capaz de identificar que garoupas emitiam estas vocalizações, em que momento e em que lugar.

Até agora, estes sons só puderam ser gravados através de hidrofones fixados num determinado local, dificultando a tarefa de determinar quantos dos peixes produziam as vocalizações.

O artigo científico foi publicado recentemente na Sensors.

ZAP //

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