Estudo desvenda o segredo do homem mais forte do mundo

Universidade Loughborough

A pesquisa teve resultados surpreendentes sobre quais são os músculos mais importantes para o levantamento de pesos.

Um estudo recente realizado por cientistas da Universidade de Loughborough publicado na Journal of Applied Physiology revelou os segredos por detrás da extraordinária força de Eddie Hall, o antigo Homem Mais Forte do Mundo.

Eddie, que ganhou fama global depois de ganhar o título em 2017 e estabelecer um recorde mundial ao levantar 500 kg, foi objeto de uma investigação detalhada destinada a compreender os factores únicos que contribuem para a sua imensa força. Os resultados fornecem informações que podem ser úteis para melhorar a função e o desempenho muscular em várias populações.

O estudo centrou-se na estrutura muscular e tendinosa do Eddie, comparando os seus atributos físicos com os de indivíduos treinados e não treinados. Os resultados foram impressionantes. A massa muscular da parte inferior do corpo do Eddie era quase o dobro da dos homens não treinados, com os músculos da barriga da perna e os três músculos estabilizadores da “corda de homem” – sartório, grácil e semitendinoso – a serem 120%-202% maiores.

Estes músculos, que desempenham um papel crucial na estabilização da pélvis e das coxas, foram fundamentais para permitir ao Eddie atingir o seu recorde. Em particular, o desenvolvimento destes músculos desafia os pressupostos de que os músculos diretamente responsáveis pela extensão dos joelhos e das ancas são os mais cruciais para o levantamento de pesos pesados, escreve o Interesting Engineering.

O professor Jonathan Folland, co-líder do estudo, observou que, embora os grandes músculos responsáveis pelo levantamento de peso estivessem de facto bem desenvolvidos, a equipa ficou surpreendida ao descobrir que os músculos estabilizadores do Eddie apresentavam o crescimento mais significativo. “Isto indica que estes músculos estabilizadores podem ser mais importantes para o levantamento e transporte de pesos do que pensávamos anteriormente”, explicou Folland.

Curiosamente, o estudo também revelou que os músculos do Eddie utilizados para movimentos menos exigentes, como a flexão da anca, apresentavam apenas um desenvolvimento modesto. Estes músculos eram 23%-65% maiores do que os de indivíduos não treinados, enquanto o seu tendão patelar, que liga o quadríceps à tíbia, era apenas 30% maior. Este facto sugere que os músculos são mais adaptáveis ao treino do que os tendões, realçando a importância do treino orientado.

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