Um novo estudo vem desacreditar os restos mortais de Santiago Maior, um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo. O fémur analisado pertence a um homem centenas de anos mais novo.
Em Roma mora a Basílica dos Santos XII Apóstolos, ou igreja de Santi Apostoli, mantida pelos irmãos franciscanos há mais de 500 anos. Por mais de 1.500 anos, este local guardou os restos mortais de dois dos primeiros cristãos e apóstolos de Jesus: São Filipe e Santiago Maior, o presumido irmão de Jesus Cristo.
A igreja foi construída em sua honra e, por isso, os seus restos mortais foram transladados para lá. Volvidas centenas de anos, os esqueletos já não estão nas melhores condições, restando apenas fragmentos de uma tíbia, um fémur e um pé mumificado. Crê-se que a tíbia e o pé sejam de São Filipe, enquanto o fémur seja de Santiago Maior.
No entanto, um novo estudo vem desacreditar as convicções que durante séculos reinaram no seio da Igreja Católica. Kaare Lund Rasmussen, professor da Universidade do Sul da Dinamarca, liderou investigações científicas aos restos mortais e obteve resultados surpreendentes, publicados recentemente na revista científica Heritage Science.
Enquanto os restos de São Filipe foram considerados demasiado complicados para datar, o fémur alegadamente pertencente a Santiago Maior estava em condições de ser analisado. E assim foi.
A datação por radiocarbono, de acordo com o comunicado divulgado pela EurekAlert, revelou que o osso é de um homem que faleceu entre 214 d.C. e 340 d.C.
Assim, os investigadores concluíram que o fémur não pertence a Santiago Maior, mas sim a um homem entre 160 e 240 anos mais novo do que ele. Acredita-se que o apóstolo tenha morrido como mártir em 62 d.C. e 69 d.C.
“Consideramos muito provável que quem transladou este fémur para a igreja de Santi Apostoli acreditou que pertencia a Santiago Maior”, disse Rasmussen, acrescentando que o mesmo se aplica aos restos mortais de São Filipe.
No entanto, a quem realmente pertence o osso permanece uma incógnita.
“Pode-se imaginar que quando as autoridades da igreja primitiva estavam a procurar pelo cadáver do apóstolo, que viveu centenas de anos antes, terão procurado em cemitérios cristãos antigos, onde corpos de homens santos poderiam ter sido colocados para descansar em algum momento anterior”, escrevem os investigadores na Heritage Science.
Santiago Maior foi um dos 12 apóstolos que seguiram Jesus Cristo, de acordo com a Bíblia. O Novo Testamento identifica quatro homens como irmãos de Jesus: Santiago, José, Simão e Judas. Contudo, acredita-se que eles podem ter sido meios-irmãos, filhos do primeiro casamento de José.
Alguns historiadores sugerem, no entanto, que não eram irmãos, mas sim primos da parte de Maria ou José.
Onde é que os “peritos” foram descobrir um primeiro casamento de José? Encontraram a certidão de casamento?… A verdade – sustentada nas próprias escrituras – é que Jesus teve vários irmãos verdadeiros, tanto assim que Santiago Maior foi por ele designado para chefiar a comunidade de fiéis em Jerusalám, após a morte de Jesus. O que muito incomodou S. Paulo, o verdadeiro “inventor” do cristianismo, tal como o conhecemos, e que pouco ou nada tem a haver com os ensinamentos de Jesus, um devoto judeu a quem nunca passaria pela cabeça fazer-se passar por divindade. Mas se as pessoas acreditassem que assim era, que aconteceria à Igreja? Por isso é preciso que se pense que Santiago Maior era meio-irmão de Jesus ou seu primo…Histórias da carochinha, mas também quem quer saber?…
Como pode falar assim como sendo conhecedor da verdade? Mas, ainda que esteja certo, o que é que isso afeta a ” mensagem”, traduzida em princípios de convivência humana e amor pelo próximo que Jesus nos deixou? Obviamente, nunca se fez passar por Divino, mas assumiu a sua condição humana até à morte na cruz. E, agora Jesus ao ler tudo isto, o que dirá? Provavelmente vai dizer que a “CEGUEIRA” que enfrentou no seu tempo continua, após 2000 anos…
“…o fémur não pertence a Santiago Maior, mas sim a um homem entre 160 e 240 anos mais velho do que ele”. Atenção ZAP, há aqui um erro: deve ser “160 e 240 anos mais NOVO do que ele”.
Os evangelhos bíblicos são bem claros, Jesus tinha irmãos e irmãs, é só lê-los com olhos de ler e encontrar essas passagens. Os evangelhos originais estão escritos em grego e o termo utilizado para definir o grau de parentesco é “Adelfos” que traduzido significa ” Irmãos” . Se fossem “Primos”, estaria “Anepsios”. Nada nos evangelhos diz que os irmãos de Jesus fossem filhos de José de um suposto primeiro matrimónio, que teria enviuvado. As coisas são o que são e não se deve continuar a atirar areia para os olhos passados dois mil anos.
Pequena, mas forte, correcção: se o femur é de alguém que morreu entre 214 d.C. e 340 d.C. será 160 a 240 anos MAIS NOVO e não mais velho …
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo. Está corrigido.
E era Santiago Menor e não Maior. Santiago Maior é venerado em Santiago de Compostela.
NEQUE ME< NEQUE TE – Vamos acabar com essa divisão de AC < DC, é ridícula. Existiram personagens mais significativos no Mundo Antigo que dariam sustentação a tal divisão, porque não o Grande Alexandre III, da Macedónia? Construtor do maior Império que o Mundo Antigo conheceu – DEUS e FARAÓ de toda Terra civilizada de sua época; e, segundo Anibal , general cartaginês, foi o maior General que o Mundo Antigo conheceu; mostrou a Grécia aos povos do subcontinente indiano, abrindo a rota ligando o Ocidente ao Oriente e o intercâmbio entre civilizações desconhecidas, trazendo conhecimentos científicos no campo militar e cultural. É o que pensa , joaoluizgondimaguiargondim – [email protected]