De acordo com um novo estudo publicado na revista Science Advances, numa aula de Ciências, o interesse pode ser contagioso, levando a um maior entusiasmo pelas carreiras científicas em geral.
Ou seja, quando os alunos veem os seus colegas muito interessados na aula, são mais propensos a desenvolver também um interesse nas carreiras de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Esta tendência “infeciosa” também pode ajudar a melhorar as suas notas.
O estudo foi conduzido pelos investigadores Zahra Hazari e Geoff Potvin, da Universidade Internacional da Flórida, nos EUA. Também estiveram envolvidos cientistas da Universidade Estadual de Oklahoma, da Faculdade Northwestern, da Universidade Purdue e da Universidade da Virgínia.
Os cientistas analisaram mais de dois mil alunos em 50 faculdades e universidades selecionadas aleatoriamente no país.
O grupo concluiu que a forma como um aluno percebe o nível de interesse dos seus colegas em ciência teve um efeito significativo nas suas próprias escolhas de carreira nessa área, mesmo depois de ter em consideração as diferenças no interesse prévio, nível de apoio familiar, desempenho académico, género e qualidade do ensino.
O efeito positivo foi consistente em todas as aulas de Biologia, Química e Física, e foi visto tanto no que diz respeito aos interesses de carreira dos estudantes como nas suas notas, na maioria dos casos.
Mesmo estudantes que tinham pouco interesse ou apoio prévio para seguir uma carreira na área da ciência mostraram um maior interesse em profissões científicas quando viram altos níveis de interesse nos seus colegas de turma.
Hazari e Potvin planeiam fazer novas pesquisas direcionadas para entender como os professores podem criar melhores ambientes na sala de aula, onde os alunos se sintam motivados e confiantes em abordar problemas ou experiências mais complexas.
“As pessoas facilmente apanham as emoções dos outros e vemos isso acontecer em ambientes de sala de aula de ciências. Isto realmente enfatiza a importância de ter ambientes envolventes para encaminhar os alunos à ciência e motivá-los para a aprendizagem”, disse Hazari.
ZAP // HypeScience
