Um estudo recente, liderado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, concluiu que os antidepressivos fazem efeito e que são efetivamente mais ativos do que o placebo na cura dos sintomas de depressão aguda nos adultos.
Um novo estudo, publicado esta quarta-feira na The Lancet, revela fortes evidências de que os antidepressivos são eficazes no tratamento da depressão aguda nos adultos.
Os antidepressivos são utilizados em todo o mundo no tratamento da depressão aguda, uma doença que é ainda um dos grandes desafios na área da saúde a nível global. No entanto, estes medicamentos têm sido alvo de debate entre a comunidade científica.
O estudo teve em conta 522 ensaios clínicos duplamente cegos, isto é, nem o paciente nem o médico sabiam que estavam a ser alvo de um estudo, pelo que nenhum sabia se estava a tomar um antidepressivo ou um placebo.
A equipa de investigadores testou 21 antidepressivos distintos e a recolha de dados abrangeu 116 477 homens e mulheres que sofreram de depressão e que foram alvo de tratamento clínico durante, pelo menos, dois meses.
Os resultados, avança o Observador, revelam fortes evidências de que os antidepressivos funcionam mesmo. Embora alguns sejam mais eficazes do que outros, a verdade é que todos, em comparação com o placebo, apresentaram melhores resultados no que diz respeito à diminuição dos sintomas da doença.
Cerca de 60% dos participantes do estudo apresentaram uma diminuição dos sintomas em cerca de 50% como, por exemplo, a melhoria de humor ou a maior facilidade em ter um bom descanso durante o sono.
Em declarações ao The Guardian, Andrea Cipriani, que conduziu o estudo, garantiu que “cerca de 80% das pessoas deixaram de tomar os antidepressivos dentro de um mês”.
Um dos antidepressivos mais conhecidos a nível mundial – o Prozac – foi um dos que apresentou menos resultados, apesar de ser o mais tolerado entre os pacientes. Já a Amitriptilina foi um dos medicamentos mais eficaz.