A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lança um alerta depois de ter sido diagnosticada meningite bacteriana a um estudante que participou no evento Typomania Festival. A instituição avisa que é preciso tomar “medidas preventivas” porque a doença é “bastante contagiosa”.
O alerta da FCTUC foi lançado na página de Facebook da instituição, onde se assinala que um aluno do Departamento de Engenharia Informática foi “diagnosticado com meningite bacteriana”. “Este tipo de meningite é bastante contagioso e é necessário tomar imediatamente medidas preventivas”, aponta a Faculdade, aconselhando “a todas as pessoas que estiveram na palestra e na inauguração da exposição Typomania a tomar um comprimido de Ciprofloxacina Megaflox 500 mg“.
Este medicamento de toma única deve ser tomado “até sexta-feira, o mais tardar”, e “anula o risco de doença”, frisa a Faculdade, notando que “não há razão para pânico”.
“Não há transmissão secundária (a doença só se transmite a partir de pessoas com a doença já declarada)”, esclarece também a entidade que recomenda a quem tenha dúvidas que contacte o Delegado de Saúde de Coimbra.
O Delegado de Saúde de Coimbra, José Pereira de Almeida, refere na TVI24 que a “situação está controlada” e que foram tomadas “todas as medidas nacionais e internacionais” recomendadas.
O Typomania Festival é organizada pelos cursos de Design e Multimédia da Universidade de Coimbra e consiste de exposições de cartazes, de palestras e workshops com especialistas das áreas do design gráfico, da tipografia e das artes digitais. No evento terão participado também pessoas de outros países.
O número de pessoas que pode estar em risco não é conhecido, mas a TVI24 avança que “pelo menos cerca de 300 já tomaram a medicação recomendada”.
O estudante infectado está internado no Hospital da Universidade de Coimbra.
“A meningite bacteriana é uma doença infecciosa causada pela bactéria Neisseria meningitidis” que consiste na “inflamação das meninges, que são membranas que protegem o cérebro e a medula espinal”, como se destaca no site do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Entre os sintomas associados à doença estão “febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vómitos, irritabilidade, confusão mental, estado de cansaço extremo, agitação psicomotora, rigidez da nuca, erupções da pele e choro agudo”, ainda segundo o SNS.
A doença transmite-se “através do contacto directo com gotículas e secreções nasais favorecidas pela tosse, espirros, beijos e pela proximidade física”, nota a entidade, frisando que “o período de contágio persiste até que a bactéria desapareça da rinofaringe” e que, “em geral, o contágio deixa de existir 24 horas após o início da terapêutica eficaz”.