Uma equipa internacional de cientistas descobriu três estrelas-zombies que continuam a arder mesmo depois de os seus núcleos terem explodido, revelou uma investigação recentemente publicada.
A investigação, que contou com cientistas do Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos, recorreu a dados do Telescópio Espacial Gaia da Agência Espacial Europeia e conseguiu identificar estes objetos celestes incomuns com os restos parcialmente queimados de supernovas do “tipo lax”, explosões de estrelas anãs com menor intensidade.
O estudo, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica especializada Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, concluiu que duas das três estrelas viajaram a alta velocidade pela Via Lácteas, estando agora num rumo que as levará mesmo a deixar totalmente os limites galácticos.
Por sua vez, a terceira estrela-zombie está a girar “para trás”, viajando na direção oposta das demais estrelas da galáxia, revela ainda a publicação.
Há algumas estrelas que desaparecem completamente quando chegam ao fim das suas reservas de combustível, havendo contudo outras que têm uma segunda oportunidade, explicaram os astrónomos citados pelo Phys.org.
Nas supernovas do “tipo lax”, as explosões ocorrem mais lentamente e dissipam-se mais rapidamente. De acordo com os cientistas, à medida que estas estrelas arrefecem, estas evoluem no seu aspeto e, eventualmente, vão tornar-se anãs brancas peculiares.
Apesar da descoberta, os cientistas querem continuar a pesquisar este fenómeno. A equipa pretende obter novas pistas sobre este tipo raro de estrela, o fenómeno que as forma, bem como as suas consequências imediatas.