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Estivadores não desarmam e prolongam greve (mesmo após apelo de Marcelo)

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Steven Governo / Lusa

Estivadores em greve fazem vigília junto ao acesso ao porto de Xabregas, em Lisboa

Os estivadores decidiram prolongar a greve que já dura há 36 dias até 16 de Junho, não cedendo sequer ao apelo de Marcelo Rebelo de Sousa que pediu que a situação se resolva “num tempo razoável”.

O presidente do Sindicato dos Estivadores anunciou que na próxima sexta-feira inicia-se uma nova fase na luta dos trabalhadores com a entrega formal do pré-aviso da greve que se vai prolongar até meados de Junho.

“O novo pré-aviso de greve tem início a 27 de Maio até ao dia 16 de Junho”, sublinhou o presidente do sindicato dos estivadores, no final de um plenário de trabalhadores que decorreu no Cais Marítimo de Alcântara, em Lisboa.

Uma posição que surge depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter apelado para que a greve no Porto de Lisboa seja resolvida “num tempo razoável” para não provocar “consequências preocupantes” para o país.

“Espero que seja possível, num tempo razoável, ver resolvida a situação que existe no Porto de Lisboa, porque chegam ecos das consequências para a economia nacional, mas também de algumas consequências sociais”, disse o Presidente da República após um encontro com jovens na Universidade de Évora.

Entretanto, já há queixas de que faltam bens nos Arquipélagos da Madeira e dos Açores.

O presidente do PSD açoriano, Duarte Freitas, defendeu que o Governo Regional, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro, deve pedir ao governo que proceda à requisição civil dos estivadores, considerando que esta “pode ser feita independentemente do cumprimento dos serviços mínimos”.

Os estivadores alegam que a ideia de que faltam bens nas ilhas não faz sentido, argumentando que dois navios carregados seguem para a Madeira e para os Açores todas as semanas.

Segundo a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, a greve provoca prejuízos de 100 mil euros por dia, enquanto os operadores se queixam de perdas de 300 mil euros.

ZAP / Lusa

2 Comments

  1. Se os trabalhadores não querem fazer mais horas do que as do seu turno e se não desejam trabalhar ao fim de semana e feriado estão no seu pleno direito. Porque não contrataram estivadores para o efeito?

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