Em menos de um mês, foi a segunda vez que a estátua em Amesterdão foi vandalizada. “Que tenha vergonha! Não há desculpa”.
Anne Frank é um símbolo para a comunidade judaica holandesa (e noutros países também).
A fugir dos nazis, a adolescente viveu escondida na Holanda, até que foi descoberta no dia 4 de agosto de 1944. Aí, foi detida e enviada – com a sua família – para campos de concentração nazi, incluindo o de Auschwitz, na Polónia. Morreu no ano seguinte, em Bergen-Belsen.
O seu diário é um dos livros mais famosos de sempre e um dos relatos mais influentes do Holocausto.
No dia em que se assinalaram 80 anos desde a sua detenção, a estátua de homenagem a Anne Frank foi vandalizada.
Aconteceu em Amesterdão, Países Baixos, no domingo passado, dia 4 de Agosto.
A parte de baixo da estátua apareceu com tinta vermelha e com a frase “Libertem Gaza”.
Gaza protesters have desecrated the statue of Anne Frank in Amsterdam. Barbarians. pic.twitter.com/u1xwml888C
— Klaas Meijer (@klaasm67) August 4, 2024
Klaas Meijer, porta-voz do Ministério da Defesa, resumiu: “Manifestantes de Gaza profanaram a estátua de Anne Frank em Amesterdão. Bárbaros”.
Foi a segunda vez que este local foi vandalizado em menos de um mês. No dia 9 de Julho, a presidente da Câmara Municipal de Amesterdão, Femke Halsema, criticou o crime.
“Esta jovem, que foi brutalmente assassinada pelos nazis aos 15 anos, recorda-nos a nós, e à nossa cidade, todos os dias, a humanidade e a gentileza, nas circunstâncias mais difíceis. Quem quer que tenha sido, tenha vergonha! Não há desculpa para isto”, atirou a autarca, citada no Euronews.