O primeiro-ministro italiano disse hoje estarem reunidas todas as condições para que a Grécia e os seus credores internacionais alcancem um acordo benéfico para ambas as partes, pondo fim à crise da dívida grega.
“Seria um erro não aproveitar esta janela de oportunidade”, afirmou Matteo Renzi numa conferência de imprensa conjunta com o presidente francês, François Hollande, em Milão, acrescentando que a cimeira de emergência dos líderes da zona euro, marcada para segunda-feira no Luxemburgo, deverá ter uma “conclusão positiva”.
A declaração de Renzi surgiu algumas horas depois de o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, ter apresentado propostas para “uma solução definitiva, e não provisória” da crise grega.
“Dar-lhe-emos conta da nossa disponibilidade para ajudar a encontrar o caminho para o acordo”, acrescentou Matteo Renzi.
Entretanto, a líder do maior banco grego mostrou-se otimista, referindo que seria “de loucos” se não houvesse um acordo com os credores.
“Penso que irá prevalecer a sanidade e será feito um acordo, porque não consigo encontrar razão para os nossos parceiros e os credores não chegarem a acordo”, afirmou Louka Katseli, presidente do Banco Nacional da Grécia, em declarações à rádio BBC.
Esta segunda-feira, os ministros das Finanças da zona euro reúnem-se com o objetivo de discutir a situação da Grécia.
Esta cimeira foi marcada na quinta-feira pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, após a reunião do Eurogrupo que se realizou no Luxemburgo ter terminado sem qualquer acordo nem avanços nas negociações entre a Grécia e os seus parceiros e credores, quando faltam menos de duas semanas para terminar o atual programa de assistência, a 30 de junho.
O último dia deste mês é também a data limite para Atenas pagar ao Fundo Monetário Internacional (FMI) 1,6 mil milhões de euros.
Bruxelas estuda “novas propostas” para acordo grego
A Comissão Europeia confirmou hoje que está a trabalhar sobre as “novas propostas” para conseguir que a Grécia alcance um acordo com os credores internacionais na cimeira extraordinária de segunda-feira em Bruxelas.
“O trabalho sobre novas propostas está em marcha”, disse à agência EFE uma fonte diplomática, esclarecendo que, “não obstante, até este momento não foram ainda apresentadas novas propostas”.
As fontes também confirmaram que ao longo da manhã de hoje foram feitas várias chamadas telefónicas entre o presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, e o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, bem como com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e com a chanceler alemã, Ângela Merkel.
Segundo um comunicado hoje divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras apresentou aos responsáveis da Alemanha, França e ao presidente da Comissão Europeia as propostas da Grécia, tendo em vista “um acordo benéfico mútuo”.
As propostas foram apresentadas durante as conversas telefónicas de Alexis Tsipras com a chanceler alemã, Ângela Merkel, o Presidente francês, François Hollande, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
O acordo “deverá trazer uma solução definitiva e não provisória” para a Grécia, refere o comunicado, sem precisar se as propostas feitas são novas, como desejam os seus credores.
/Lusa
Depois de tudo quanto foi dito e escrito nos jornais , televisões e todas as redes de comunicação social por jornalistas e comentadores de várias tendências, partidos políticos, e até do nosso presidente da República, eu penso , com os meus modestos conhecimentos, de que está mais preocupada a União Europeia, a começar pela Alemanha de que a Grécia saia da união monetária do que a própria Grécia em ser excluída da União monetária por incumprimento com os credores.
Simples: O “smart” que durante semanas se atirava suicidariamente contra o “blindado UE “ percebeu que este poderia não se desviar…
“Penso que irá prevalecer a sanidade e será feito um acordo” afirmou Louka Katseli, presidente do Banco Nacional da Grécia
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