Os Estados Unidos anunciaram esta quinta-feira que se retiram da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), acusando a instituição de ser anti-israelita.
Os EUA conservam, no entanto, um estatuto de observador, acrescentou o Departamento de Estado, em vez da sua representação na agência da ONU sediada em Paris.
A porta voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, assegurou que “a decisão não surgiu superficialmente e reflete as preocupações dos Estados Unidos com as crescentes demoras nos pagamentos na UNESCO, a necessidade de uma reforma fundamental na organização e a tendência anti-Israel contínua na UNESCO”.
O comunicado do Departamento de Estado não oferece mais explicações ou argumentos. A porta-voz detalhou no seu comunicado que a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, foi notificada tanto da decisão dos Estados Unidos de se retirar da UNESCO, como da sua intenção de estabelecer uma missão permanente de observação.
A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, disse “lamentar profundamente” a decisão norte-americana de se retirar da organização.
“A universalidade é essencial à missão da UNESCO para construir a paz e a segurança internacionais face ao ódio e à violência, pela defesa dos direitos humanos e da dignidade humana”, disse Bokova em comunicado.
A retirada dos Estados Unidos da UNESCO entra em vigor a 31 de dezembro de 2018.
Israel segue os passos dos EUA
O Israel anunciou que vai sair da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), depois de os Estados Unidos terem decidido o mesmo, condenando o que dizem ser o preconceito anti-israelita.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, “deu instruções ao ministro dos Negócios Estrangeiros para preparar a saída de Israel da organização, paralelamente aos Estados Unidos”, informou, em comunicado, o gabinete do chefe do Governo de Israel.