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Estado vai garantir 25% dos créditos sob moratória nos setores mais afetados

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Tiago Petinga / Lusa

O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.

O Estado vai garantir 25% do crédito sob moratória às empresas dos setores mais afetados pela pandemia que acordem com os respetivos bancos uma reestruturação da dívida após o final das moratórias, em 30 de setembro.

“Quando os bancos estejam disponíveis para fazer estes acordos, o Estado também está disponível para garantir uma parte da dívida que estava sob moratória. 25% do crédito sob moratória pode beneficiar de uma garantia de Estado”, anunciou hoje o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, durante uma sessão de apresentação de medidas de apoio à recuperação económica e capitalização empresarial que decorreu no Porto.

“Esperamos que as empresas destes sectores possam nos próximos tempos, até ao fim de setembro, acordar com os seus bancos um período de reposição – ou melhor dizendo, de reestruturação da sua dívida – assegurando mais alguma carência de capital, e beneficiando de uma extensão do prazo no final do empréstimo”, declarou o ministro da Economia.

Ainda assim, apenas as empresas que tenham atividade principal nos sectores mais afetados pela pandemia poderão beneficiar desta garantia parcial, sendo que têm de ter registado uma quebra da receita operacional igual ou superior a 15% em 2020 face ao ano anterior.

De acordo com o Expresso, outro dos critérios para ter acesso ao apoio é que as empresas tenham a situação financeira regularizada junto da banca, Segurança Social, Autoridade Tributária e sociedades de garantia mútua.

Na passada quinta-feira, o Governo aprovou em Conselho de Ministros garantias públicas para os setores mais afetados pela pandemia de covid-19, destinando-se ao período pós-moratórias.

Na sua apresentação no Porto, Siza Vieira anunciou ainda a constituição de um fundo de capitalização e resiliência, com uma dotação inicial de 1,3 mil milhões de euros, para resolver a subcapitalização das empresas, para dinamizar o mercado de capitais e para suprir falhas de financiamento das empresas em início de vida.

Desta forma, o governante indica que pode haver um aumento de mais 2,3 mil milhões de euros, “se a procura por parte das empresas o justificar”.

ZAP // Lusa

 

2 Comments

  1. O que é que resolve o estado garantir (à banca) 25% dos créditos (de uma pequena % de empresas).
    A medida é para ajudar as empresas ou os bancos?
    Forçam as empresas a fechar, ou ferem a sua atividade mortalmente, apropriam-se das potenciais receitas (as pessoas não gastam numa coisa gastam noutra – em testes covid por ex)
    Usam os médias para alterar o comportamento económico das pessoas, deixam na mão os prejuízos (rendas , custos operacionais e impostos) e depois ainda dão a mão à banca?

    Isto não tem peso em tribunal? O Estado tem o direito de exigir medidas mas tem a obrigação de compensar pelo ónus dessas medidas.
    É necessário uma acção conjunta nos tribunais superiores para se repor justiça.

  2. E aos “maluquinhos” verdes e das alterações climatéricas, as biliões de mascaras que estão a ser usadas e descartadas diariamente no chão ou lixo, não tem uma pegada no ambiente?
    A natureza só interessa em certos casos?

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