Há cerca de 52 mil entidades que tiveram direito a benefícios fiscais do Estado português em 2020. A Galp e a EDP lideram com benesses da ordem dos 106 milhões de euros, mas também a Fundação Berardo, envolvida em suspeitas de fraude à CGD, recebeu benefícios de milhares.
A lista da Autoridade Tributária (AT) das entidades com benefícios fiscais, em 2020, revela que há 52 mil entidades favorecidas pelo Estado, sendo que 235 conseguiram benesses de mais de um milhão de euros.
Os dados são divulgados pelo Correio da Manhã (CM) que teve acesso à lista que é liderada por Galp e EDP.
As duas empresas do sector energético tiveram benefícios fiscais conjuntos da ordem dos 106 milhões de euros – a EDP recebeu 77 milhões e a Galp teve direito a 29 milhões.
Da lista faz ainda parte a Fundação Berardo com benefícios fiscais de 6.573 euros em 2020, incluindo isenções de IMI .
Além disso, a Fundação Centro Cultural de Belém, que acolhe uma parte da colecção de arte do empresário Joe Berardo, recebeu também benefícios fiscais de mais de 2,7 milhões de euros.
Note-se que Berardo foi detido, em Junho passado, no âmbito da investigação em torno dos grandes devedores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), sendo suspeito por crimes que terão lesado o banco público em 439 milhões de euros.
A Fundação Berardo, que seria usada para pagar as despesas familiares do empresário, também foi constituída arguida, tal como a Associação Colecção Berardo.
Casa de Bragança que tem Marcelo no conselho recebeu 441 mil euros
Na lista dos beneficiários de isenções fiscais consultada pelo CM, está ainda a Casa de Bragança, com 441 mil euros. Note-se que Marcelo Rebelo de Sousa é um dos elementos do conselho administrativo desta Fundação.
Outra Fundação que integra a lista de beneficiados é a do Benfica que teve direito a cerca de 40 mil euros.
Em termos de clubes, o Lusitano lidera a lista dos que recebem mais benefícios fiscais, com 61.103 euros. O FC Porto teve direito a 57.386 euros, o Sporting CP a 20.955 euros e o SL Benfica a 10.078 euros.
Além disso, há também várias confissões religiosas que recebem apoios do Estado, para lá da Igreja Católica.
Assim, o CM nota que a Associação judaica Chabad Portugal teve direito a benesses de 662 mil euros, a Igreja mórmon de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias recebeu 604 mil euros e à Igreja Universal do Reino de Deus foram concedidas isenções de 224 mil euros.
O CM atesta que “é ao nível do imposto sobre os lucros das empresas que o Estado é mais generoso em termos de benefícios fiscais”, com descontos de “mais de mil milhões de euros” em sede de IRC.
Já os Impostos Especiais sobre o Consumo beneficiam as entidades em 487 milhões de euros de isenções fiscais.
Tendo uma das taxas de IRC mais altas da união europeia já é uma enorme injustiça para as empresas portuguesas que tentam competir no mercado europeu.
Dar benefícios fiscais a bandidos é a cereja em cima do bolo.
É uma grande hipocrisia cobrar impostos insuportáveis a quem trabalha para dar migalhas aos pobres (e muito gratos eleitores), e ao mesmo tempo perdoar milhões às sociedades amigas que mais roubam e destroem a sociadade.
Concordo em pleno com a opinião acima dada. Nós não somos um País pobre. Somos até ricos, pois temos desgovernos como este que dão de mão beijada, milhões a quem não merece, rouba e usa em seu benefício o que não é deles. Tal como este desgoverno que dá o que não é dele, mas sim dos contribuintes. Uma verdadeira VERGONHA. Pobres trabalhadores portugueses, pagantes de impostos altíssimos para depois os verem serem desbaratados deste modo….VERGONHA
Se fosse um português normal tinham-lhe tirado a casa. Será que sabe de algum podre? Ou será que iram tirar algum proveito disso!
Cada povo tem aquilo que merece e o Povo Português, por ser um povo obediente, merece os políticos que têm (des)governado este País.
Siga a festa que o povo aguenta tudo.
Os políticos usam o povo de 4 em 4 anos para de seguida lhe limparem imediatamente o cu. É essa a nossa democracia.
Agora imaginem para onde vai a ”bazuca” do Costa.
O Estado somos nós todos que contribuímos com impostos para o manter, quem deu foram os governantes que esbanjam como muito bem entendem aquilo que a todos pertence, mas que se imaginam donos disto tudo. Foi por o país estar a ser “governado” desta forma que Salazar assumiu as rédeas do Poder que estava moribundo!
É sempre agradável confirmar que o Estado Português tem (e mantém…) uma política fiscal que “tira da classe média para … dar aos ricos”! É, na prática, o anti-Robin Hood … refugiado nas florestas da nossa distração e condescendência…. De quem nos queixarmos!?
Aqui se vê a vergonha deste governo… pois , é muito forte com os fracos e muito fraquinho com os fortes. Tira a comida e a casa aos fracos para de seguida dar aos fortes e trafulhas… exemplo de pessoa que vive do ordenado minimo com 3000 euros de dívida na segurança social é- lhe penhorado o vencimento e não contentes ainda lhe bloqueiam e retiram da conta os miseros euros que recebeu do vencimento… deixando a pessoa sem dinheiro para comer, pagar renda e despesas… pois precisam disso para encher o “cu” dos que roubam… e nós continuamos calados e a papar disto…
Camorra Versao Tuga