Uma década depois da falência do Estrela da Amadora, com dívidas de 36,8 milhões de euros, o velho Estádio da Reboleira vai ser novamente colocado à venda por um preço base de licitação de 6 milhões de euros, num processo demorado, com culpas atribuídas ao administrador de insolvência.
Há cerca de 10 anos que o Estádio da Reboleira não acolhe qualquer jogo da Primeira Liga de futebol, desde que o Estrela da Amadora declarou a insolvência com dívidas de 36,8 milhões de euros, sendo o Estado o principal credor do clube.
Depois de duas tentativas de venda falhadas, o velho Estádio vai ser novamente colocado à venda “brevemente”, como avança fonte ao Jornal de Negócios. O campo de treinos e o bingo serão também leiloados.
Essa será uma das primeiras medidas do novo administrador de insolvência, Jorge Calvete, que substituiu Paulo Sá Cardoso no cargo.
O anterior administrador de insolvência foi despedido por justa causa, por violação dos deveres que lhe estavam atribuídos, designadamente porque “não prestava contas relativas à sala de jogo”, como aponta o Negócios.
A “polémica conduta” de Paulo Sá Cardoso mereceu críticas dos credores e terá sido a sua actuação a culpada pelo “grande impasse” que o processo viveu, estagnando durante vários anos.
Em Fevereiro de 2011, os credores chumbaram o plano de recuperação do clube e o Tribunal do Comércio de Sintra determinou a liquidação do seu património. Mas as duas tentativas de venda realizadas não tiveram sucesso.
A leiloeira OneFix será a responsável por esta terceira tentativa de venda de um dos mais míticos Estádios da história do futebol português.
A Reboleira tem sido a casa emprestada do Clube Desportivo Estrela que surgiu após a falência do Estrela da Amadora e que joga na primeira divisão do campeonato distrital da Associação de Futebol de Lisboa.
O Estrela da Amadora é um dos históricos clubes portugueses, tendo conquistado a Taça de Portugal em 1990.