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Está a nevar em Plutão

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New Horizons / NASA

Em julho de 2015, a sonda New Horizons da NASA concluiu uma longa e árdua jornada pelo Sistema Solar, viajando a 36.000 mph durante nove anos e meio. Toda a missão focava-se em mapear a face de Plutão.

A sonda New Horizons passou cerca de 15 minutos a ter uma visão aproximada daquele mundo enigmático, depois de todos esses anos de solidão nas profundezas interplanetárias. A missão foi um sucesso, revelando a superfície profundamente rica e complexa de Plutão e sua maior lua, Caronte.

Saindo do Sistema Solar, depois do breve encontro com Plutão, a New Horizons girou e capturou um último conjunto de imagens e dados, resultando num retrato do planeta anão em silhueta, eclipsando o sol distante.

Essa imagem revelou que Plutão tem uma atmosfera e ostenta uma espessa camada de ar. A atmosfera de Plutão é composta por 97% de nitrogénio, o mesmo elemento que compõe a maior parte do ar que respiramos. E, embora, fina – sendo menos de um milionésimo da pressão atmosférica da Terra -, é enorme.

JHUAPL / SwRI / NASA

Porém, de acordo com a revista Forbes, os cientistas suspeitam que essa atmosfera é apenas temporária.

A órbita de Plutão ao redor do Sol não é um círculo perfeito, mas uma ampla elipse. Plutão passa a maior parte do tempo na escuridão congelada, longe do calor do sol, com todos os seus pedaços presos como gelo na superfície. Mas quando se aproxima, alguns dos pedaços de gelo elevam-se, transformando-se em gás, o que permite que, brevemente, o mundo tenha uma atmosfera.

Agora, Plutão está a perder essa atmosfera. Atualmente, o planeta anão está a afastar-se ainda mais do sol e, no processo, algumas dessas moléculas de nitrogénio estão a converter-se novamente em gelo sólido. Noutras palavras, está a nevar em Plutão.

ZAP //

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