O Ministério Público está a investigar denúncias de um alegado esquema de corrupção, no âmbito de um caso de doping de Pedro Gonçalves, o atleta do Sporting mais conhecido por Pote, quando este ainda jogava no Famalicão.
A notícia é avançada pelo jornal Novo que refere que a Procuradoria-Geral da República (RGPD) recebeu duas denúncias, em Dezembro de 2020 e Janeiro de 2021, indicando um suposto “esquema de corrupção” que envolve o empresário do jogador.
Em causa está um controle de doping em Junho de 2020 quando Pote terá “testado positivo”, segundo a publicação.
O empresário do atleta terá subornado vários elementos da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) e do Colégio Disciplinar Antidopagem (CDA) no sentido de atrasar o processo disciplinar de modo a evitar a suspensão preventiva.
O objectivo seria evitar que a transferência previsível do atleta para um clube maior, face ao seu bom desempenho, não se concretizasse.
O Sporting contratou Pote em Agosto de 2020 por 6,5 milhões de euros.
O processo disciplinar ao atleta, no âmbito do caso de doping, foi arquivado em Novembro de 2020 quando Pote já brilhava no Sporting, com 9 golos marcados e valendo seis pontos aos leões no campeonato.
O Novo atesta que o empresário de Pote terá pago 80 mil euros em subornos. O presidente da ADoP, Manuel Brito, e o director-executivo da entidade, Júlio Nunes, terão dividido 30 mil euros, “através de um amigo deste último, ligado ao futebol”, segundo o mesmo jornal.
Já os restantes 50 mil euros terão sido destinados ao chefe da divisão jurídica da ADoP, Rui Alves, ao juiz do CDA, José Fanha Vieira, e ao médico Luís Horta que também é membro deste último órgão, ainda de acordo com a dita publicação.