Esperança para humanos? Ratos paralíticos ​​voltam a andar graças a implante revolucionário

Bruce Harland et al.

Implante da medula espinhal incorporado subduralmente num rato

Foi revelada uma tecnologia que ajudou a restaurar o movimento de ratos paralisados. Isto significa que estamos um passo mais perto de tratar lesões da medula espinhal em humanos e animais de estimação – que atualmente são incuráveis e conduzem frequentemente à perda da função motora.

As lesões na medula espinhal perturbam a comunicação entre o cérebro e o corpo; são incuráveis; e conduzem frequentemente à perda da função motora.

Mas, na Nova Zelândia, ratinhos paralisados voltaram a andar graças a implantes revolucionários na medula espinhal.

A tecnologia, criada pela Universidade de Auckland, assume a forma de um implante ultrafino concebido para se adaptar diretamente ao local da lesão na medula de um rato, para fornecer zaps controlados de eletricidade.

Esta inovação foi apresentada num estudo publicado no final de junho na Nature Communications.

Como detalha a New Atlas, os implantes biocompatíveis estimularam a regeneração das fibras nervosas (axónios) e o estabelecimento de novas ligações na área lesada da medula espinhal através de um tratamento com campos elétricos de baixa frequência.

Isto envolveu a aplicação de um impulso de corrente alternada com uma pequena amplitude e a uma frequência de 2 Hz, que já tinha demonstrado ser eficaz para estimular o crescimento dos axónios em laboratório.

No estudo, os investigadores testaram dois grupos de ratos com lesões intermédias na medula espinhal que resultaram na quase ausência de função dos membros posteriores.

O grupo experimental recebeu 1 hora de tratamento com EF diariamente durante 7-11 dias, e depois apenas nos dias úteis (5 dias/semana) durante 12 semanas. O grupo de controlo recuperou naturalmente sem este tratamento.

Conclusão: o tratamento conduziu a melhorias significativas em relação à recuperação natural.

Esta nova tecnologia é minimamente invasiva; apoia a recuperação de movimentos e sensações; e não causa danos na medula espinhal.

No futuro, objetivo é conseguir traduzir esta descobertas num dispositivo médico que possa apoiar as pessoas afetadas por lesões na medula espinhal.

Importa, contudo, referir que os ratos têm uma maior capacidade de recuperação espontânea após uma lesão da medula espinhal do que os humanos.

Por isso, embora isso tenha permitido aos investigadores uma forma mais fácil de comparar a cura natural com o seu tratamento, também significa que a abordagem da perda da função motora nos seres humanos exigirá um estudo mais aprofundado.

ZAP //

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