Especialistas apelam ao fim dos arranha-céus cobertos de vidro

Alguns arquitetos estão a apelar pelo fim dos arranha-céus de vidro, que podem ser a representação moderna mais grandiosa da riqueza e do poder mas representam igualmente um enorme desgaste para o ambiente. 

Entre os arquitetos encontra-se Simon Sturgis, presidente do grupo de sustentabilidade no Instituto Real de Arquitetos Britânicos e conselheiro da autoridade municipal londrina, noticiou na segunda-feira o Expresso.

“Construir uma estufa durante uma emergência climática é uma coisa bastante estranha de fazer, para dizer o mínimo. Quando usamos as fachadas de vidro normais, precisamos de muita energia para as arrefecer, e usar muita energia equivale a uma data de emissões de carbono”, disse Simon Sturgis ao Guardian.

Ainda há meses, o mayor de Nova Iorque anunciou o fim da construção de arranha-céus na cidade – embora depressa se tenha percebido que o que ele vai fazer é obrigar os novos edifícios a cumprirem normas ambientais mais exigentes.

Calcula-se que, atualmente, cerca de 14 por cento da utilização total de energia dispendida seja gasta em ar condicionado. Uma solução que, além de dispendiosa em termos financeiros, também o é em termos ambientais.

É-o ainda para a saúde, nomeadamente se as condutas não estiverem bem limpas, como é frequente. Micróbios, bactérias e substâncias várias em suspensão podem ser fonte de doenças. E a questão não se põe só nos países mais ricos.

Num país como Portugal, o problema não são tanto os arranha-céus – embora existam em Lisboa e não só – como a tendência para esquecer que, num clima que não é frio, não faz muito sentido fechar as pessoas em espaços de vidro sem janelas, concebidos para aproveitar a mínima réstea de sol, lê-se no Diário de Notícias.

Quando o tempo aquece a sério, qualquer falha técnica ou deficiência de limpeza no sistema de ar condicionado pode levar a situações desconfortáveis.

Isso tanto se aplica a edifícios como, por exemplo, a autocarros e outros transportes públicos. Mas ainda existe pouca consciência dos riscos envolvidos, embora o potenciar de fenómenos como alergias seja há muito associado a esse tipo de ambientes.

TP, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.