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Espanhola que “sentia e falava” com a Virgem Maria morre depois de tratar um tumor

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Investigadores e especialistas classificam o caso como uma experiência claramente patológica, mas ainda não foram capazes de a explicar.

Cientistas do Hospital General Universitario Morales Meseguer, em Múrcia, Espanha, identificaram um caso extraordinário de um tumor cerebral agressivo que, segundo o Live Science, levou uma paciente a ficar obcecada com a religião.

De acordo com testemunhos das pessoas mais próximas, a paciente, uma cidadã espanhola de 60 anos, “era uma pessoa feliz, optimista, e não era particularmente religiosa”. Porém, começou subitamente a apresentar sintomas de depressão e tristeza.

Além disso, começou a mostrar um crescente interesse pela Bíblia e outros textos sagrados, tendo começado a passar grande parte do dia a recitar textos de carácter religioso.

A certa altura, a paciente revelou que tinha experiências místicas, durante as quais “falava com a Virgem Maria” – após o que a família decidiu levá-la ao hospital para a realização de exames médicos.

Uma ressonância magnética revelou que a paciente tinha um glioblastoma multiforme, o mais agressivo tipo de tumor cerebral, mas a sua dimensão tornou impossível a sua remoção por cirurgia. Restou como única opção de tratamento a realização de quimioterapia e radioterapia.

Após estes tratamentos e de receber também medicação antipsicótica, todos os sintomas relacionados com religião que a paciente manifestava desapareceram por completo. Porém, a sua condição clínica deteriorou-se rapidamente, vindo a falecer oito meses após o diagnóstico de glioblastoma multiforme.

Os cientistas espanhóis que analisaram o caso determinaram que o mesmo se tratou de uma experiência claramente patológica, não tendo encontrado qualquer tipo de causa para as alterações comportamentais excepto a enfermidade – e seu desaparecimento.

Os mesmos cientistas, cujas conclusões foram publicadas no fim do ano passado na revista Neurocase, admitem no entanto desconhecer como é quem um paciente atinge um estado de obsessão com a religião como sintoma de um tumor cerebral, mas consideram que o fenómeno poderá estar relacionado com alterações no lóbulo temporal direito.

Segundo demonstraram estudos anteriores, esta é a região do cérebro que está habitualmente associada a “experiências místicas”.

ZAP // RT

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