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Espanha vendeu um inseto ao mundo mais valioso do que o ouro

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Frank Vincentz / Wikimedia

Dactylopius coccus

A cochonilha (Dactylopius coccus) foi uma das exportações mexicanas mais valiosas entre 1650 e 1860.

A cochonilha é um animal parasita que tem sido utilizado nas Américas há mais de 2.000 anos. No século XVI, os espanhóis começaram a exportá-la para a Europa, onde atingiu um preço exorbitante como corante para tecidos e para utilização por pintores, e posteriormente para as Canárias, onde o seu cultivo se tornou um importante recurso económico para as ilhas.

Os corantes artificiais vieram acabar com a aura dourada deste comércio mas, entre 1650 e 1860, a cochonilha foi uma das exportações mexicanas mais valiosas – só ultrapassada pelo ouro.

Segundo o ABC, a sua utilização como corante natural remonta às civilizações pré-colombianas. A cultura Paracas, que habitava a costa do Peru há cerca de 2.000 anos, e os Astecas já estavam familiarizados com as propriedades deste inseto. Quando os espanhóis conquistaram o México em 1521, viram os povos indígenas a apanhar estes insetos e rapidamente se aperceberam das suas propriedades como pigmento natural.

Nos anos 1570, a indústria têxtil europeia tornou-se dependente da utilização de cochonilha e o seu crescimento continuou a aumentar ao longo dos séculos seguintes.

Como esta espécie mexicana não pode ser cultivada na Europa, os rivais de Espanha encontraram nela um outro motivo para confiscar bens espanhóis. Juntamente com o ouro e a prata, o alvo principal dos piratas e dos inimigos eram os navios cheios de insetos cochonilha secos.

As boas condições climáticas permitiram à Coroa Espanhola instalar nas Ilhas Canárias plantações de nopal – uma planta arbustiva, da família das cactáceas, onde a cochonilha se reproduz.

Atualmente, e apesar de os corantes artificiais terem tirado a atenção dada até então ao inseto, as recentes restrições à utilização alimentar e cosmética de certos corantes sintéticos deram uma nova vida a uma atividade que ainda é desenvolvida por uma minoria no norte de Lanzarote.

ZAP //

3 Comments

  1. Um artigo sem qualquer sentido e sem contexto, não se entende porque apareceu, porque se fala disto? parece um tipico encher de chouriços, algo que não julguei que acontecesse. Normalmente este tipo de noticias estão relacionadas com algum facto do dia, ou de relevo, isto apenas caiu aqui de para-quedas. Estranhissimo.

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