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Espanha já sabe quantos dos seus navios naufragaram nas Américas entre os séculos XV e XIX

O Ministério da Cultura espanhol já tem uma relação de todos os naufrágios de navios espanhóis nas costas americanas do Atlântico, ocorridos entre 1492 e 1898.

A lista, que levou cinco anos a elaborar, a partir dos vários arquivos existentes no país, conta com um total de 681 navios, que se afundaram ao longo de três séculos junto à costa do Panamá, Cuba, República Dominicana, Bahamas, Bermudas e Haiti e EUA.

De acordo com o El País, o objetivo desta relação do património submerso elaborada não pretende a sua recuperação do fundo do mar, mas a sua preservação nos sítios onde se encontram, em colaboração com as autoridades dos respetivos países, prevenindo eventuais saques por parte de caçadores de tesouros.

De todos os naufrágios agora recenseados, apenas se conhecem restos materiais e arqueológicos de 23% deles.

Naquela região do globo, o maior número de navios espanhóis afundados (249) está junto a Cuba, seguindo-se as costas dos Estados Unidos, com 153, a antiga Florida, com 150, o Panamá, com 66 e a República Dominicana e Haiti, com 63. Há ainda outros 63 naufrágios históricos documentados no Golfo do México.

Na esmagadora maioria dos casos (91,2%), a causa dos afundamentos foram tempestades e furacões. Os restantes deveram-se a acidentes (encalhamentos e colisões), combates e ataques piratas.

Entre os naufrágios históricos espanhóis está desde logo o da nau Santa Maria, capitaneada pelo próprio Cristóvão Colombo aquando da sua mítica viagem pioneira. O navio acabou por encalhar à chegada e perdeu-se.

O Subdiretor Geral do Património Histórico completou apenas uma das várias partes que o mapa do tesouro terá no futuro – os especialistas preferem chamá-lo de mapa do património cultural submerso – do Império Espanhol, uma vez que o atual se apegou à subsidência no Império Espanhol.

O Pacífico, o Atlântico Sul ou as Filipinas continuam a ser rastreados para se ter uma ideia real do volume do transporte marítimo espanhol entre os séculos XV e XIX e o número exato de navios que foram perdidos, principalmente devido às tempestades.

ZAP //

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