Kiev decretou o encerramento do seu espaço aéreo esta quinta-feira. O resultado é um grande “buraco” nas viagens globais que cruzam o mundo.
Foi logo no início da madrugada que os aviões civis deixaram de aterrar e levantar voo na Ucrânia, que acordava ao som de uma guerra latejante com a Rússia.
“Devido ao elevado risco de segurança aérea para a aeronáutica civil decreta-se o encerramento do espaço aéreo ucraniano para voos civis”, informou a Companhia Estatal de Serviços de Tráfego Aéreo do país.
O portal Flightradar, que permite verificar as rotas de aviões a nível mundial e em tempo real, mostra um grande “buraco” por cima do território ucraniano e nas zonas vizinhas.
Air traffic today at 16:00 UTC compared to same time last Thursday. pic.twitter.com/lG3lPXoFHq
— Flightradar24 (@flightradar24) February 24, 2022
Cerca de dez horas depois da Ucrânia, foi a vez de a Moldávia optar por encerrar o espaço aéreo a voos civis. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, Andrei Spînu, no Facebook.
“Tendo em conta a situação na região, o CSS recomendou o encerramento do espaço aéreo da República da Moldávia. A Autoridade de Aviação Civil seguirá esta recomendação, o espaço aéreo será fechado a partir das 12:00. Os voos serão direcionados para outros aeroportos”, escreveu o governante.
Segundo a Reuters, também a Rússia terá fechado alguns espaços aéreos a leste da sua fronteira com a Ucrânia, para assegurar a segurança aos voos da aviação civil, assim como a Bielorrússia.
Esta madrugada, a Rússia lançou uma ofensiva militar no território ucraniano. Faltavam apenas 10 minutos para as 6h da manhã em Moscovo quando Vladimir Putin falou aos seus compatriotas para anunciar o que há semanas os governos europeus e norte-americano vinham a antecipar, mas que o Kremlin insistiu em classificar como “especulações provocatórias“.
Perante os pedidos dos rebeldes para que as forças russas lhes prestassem apoio militar contra a Ucrânia, Putin acedeu, criando um pretexto para a invasão.
Guerra na Ucrânia
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