Escola envia recado aos pais: os vossos filhos estão gordos

Mas com outras palavras. Uma mãe admitiu que está arrasada porque a sua filha, uma das visadas, agora recusa comer.

Testes de fitness. Nada invulgar, se estivéssemos a falar sobre um ginásio, por exemplo.

Mas estes testes são realizados numa escola. Desde os 3 anos de idade, na verdade.

Método dessas análises, até este ano lectivo: corrida, flexões, abdominais, testar a flexibilidade…

Nunca tinham colocado as crianças em cima de uma balança. Mas agora decidiram mesmo pesar os alunos.

Aconteceu numa turma do 3.º ano (calculamos que nos EUA) e o relato foi publicado pela mãe de uma das alunas dessa turma, na comunidade Bored Panda.

Registaram todos os números e, quem tivesse peso acima do índice de massa corporal, teve direito a recados para casa. A escola (ou professores, ou direcção, não se entende ao certo) enviou cartas aos pais.

Mas não enviou por correio. Entregou as cartas directamente às crianças, em frente a todos os colegas de turma.

Os “gordos” passaram por este momento de constrangimento, em plena sala de aula. O envelope estava fechado, só podia ser aberto pelos pais em casa – mas as crianças (as visadas e as outras) sabiam o que era.

A mãe que partilhou este episódio conta que, nesse dia, foi buscar a sua filha – de 9 anos – à escola. Logo na viagem até casa, reparou que algo estava errado. Em casa, perguntou:

– Pareces triste, o que se passa?
Estou gorda! Preciso de perder peso!

A filha desatou a chorar, na resposta.

Primeiro pensamento da mãe: “Mas quem foi o f… que chamou gorda à minha filha?”.

Primeiras palavras da mãe: “Quem te disse isso?” – e a filha entregou-lhe o envelope.

O recado da escola: a criança tem 900 gramas a mais e por isso corre o risco de ser diabética, de ser hipertensa, entre outros possíveis problemas.

“Estão a brincar comigo? Ela tinha acabado de ter uma consulta no médico e ele disse que estava tudo bem com o peso. A minha filha está óptima. É a porcaria de 900 gramas!”, escreveu a mãe.

A mãe tentou tranquilizar a filha, ao dizer-lhe que ela estava muito bem e que não precisava de perder peso.

No mesmo dia, aquela criança foi ao seu restaurante favorito – mas nem pediu nada para comer. Porque na escola disseram-lhe que tinha de perder peso. Saiu da mesa, enfiou-se na casa-de-banho a chorar de forma histérica. “Nunca mais posso comer!”, gritava, no restaurante.

A mãe escreveu este relato no próprio dia deste caso. E admitiu: “Estou tão zangada que receio ficar violenta. A minha filha, que normalmente come bem, não vai comer por causa da carta da escola”.

Com palavras que não vamos reproduzir aqui, deixou o aviso: não transformem coisas tão pequenas em problemas para as crianças, que foram “absolutamente humilhadas”.

Sinceramente, não sei o que fazer. Agora tenho uma filha que acha que tem um problema de peso e que não come. Estou a ver a minha filha a desenvolver um problema. Estou apavorada”.

A mãe ficou à espera de conselhos, de sugestões. Porque não está a ver como a filha vai ultrapassar esta situação.

ZAP //

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