António Costa destacou o facto de este acordo ter sido alcançado em contexto de um Governo em maioria absoluta, apontando que isso demonstra a capacidade de diálogo.
Governo e parceiros sociais reuniram-se esta tarde no Palácio Foz, em Lisboa, para celebrar a assinatura do Acordo de Rendimentos que ao longo das últimas três semanas vinha a ser discutido e negociado, com cedências a algumas exigências de sindicatos, mas também de patrões.
Entre os signatários constam a CIP – Confederação Empresarial de Portugal, a Confederação do Turismo (CTP), a Confederação dos Agricultores (CAP), a UGT e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). De fora ficou a CGTP.
Na sala, para além da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, que liderou as negociações, estavam também o ministro das Finanças, a ministra da Agricultura e os respetivos secretários de Estado. Outra presença, surpreendente, foi a do ministro da Economia, que numa primeira fase das negociações chegou a defender a descida transversal do IRC, medida recusada de imediato por vários membros do governo.
António Costa foi o último a usufruir da palavra, mas antes de o fazer, para além de felicitações dos representantes das principais confederações pelo passo dado, ouviu também críticas relacionadas com a velocidade com que o processo decorreu, com recados para negociações futuras. “Queríamos melhor”, mas ”para isso era preciso termos tido mais tempo, que não tivemos“, disse Eduardo Oliveira e Sousa, da Confederação dos Agricultores Portugueses.
Já Mário Mourão, da UGT, no seu discurso,, deixou largados elogios a Ana Mendes Godinho, reconhecendo que a governante, por vezes, lhe pôs “a cabeça em água”, “mas se não tivesse sido essa resiliência, não estaríamos aqui“.
Finalmente, António Costa defendeu que o Acordo de Médio Prazo é da maior importância política e um marco de confiança, salientando que irá beneficiar famílias e empresas e será permanentemente monitorizado. O primeiro-ministro aproveitou para salientar que este não é apenas um acordo de rendimentos ou de salários, mas que inclui “um conjunto vasto de objetivos”.
“O que é mais importante nestes tempos de incerteza é reforçar a confiança, e este acordo é um marco de confiança, porque dá aos portugueses e a todos os agentes económicos certeza quanto aos objetivos que temos pela frente; depois, dá previsibilidade sobre o contributo que cada um tem de dar para alcançarmos estes objetivos.”
“Este acordo não é o fim do caminho, é mesmo o princípio do caminho onde fica definida uma trajetória para a melhoria dos rendimentos e da competitividade”, acrescentou.
António Costa destacou o facto de este acordo ter sido alcançado em contexto de um Governo em maioria absoluta, apontando que isso demonstra a capacidade de diálogo e a importância da concertação social. “Nenhuma maioria por muito absoluta que seja se basta a si própria”.
Acordo de treta.. só para enganar os incautos.
Mas quem votou neles que sofra agora as consequências.
Volta Passos estás perdoado.