“Enganados por Rosa Grilo”. Advogada e ex-inspector deixam defesa da viúva do triatleta

António Pedro Santos / Lusa

Rosa Grilo (D), mulher e suspeita no envolvimento na morte do triatleta Luís Grilo, à chegada ao Tribunal de Vila Franca de Xira

A advogada Tânia Reis vai deixar de representar Rosa Grilo que foi condenada a 25 anos de prisão pela morte do marido, o triatleta Luís Grilo, alegando que foi “enganada”. Uma posição que surge depois de a advogada ter sido acusada de “plantar” uma bala no local do crime.

Tânia Reis, bem como o antigo inspector da Polícia Judiciária (PJ) João de Sousa, estão acusados de simulação de crime, posse de arma proibida e favorecimento pessoal. Em causa está uma bala encontrada na banheira da casa de Rosa Grilo e do marido, onde a PJ acredita que o triatleta foi morto.

As investigações iniciais não encontraram qualquer bala no local e as autoridades concluíram que foram a advogada e o ex-inspector, contratado por Rosa Grilo para ajudar na sua defesa, que a colocaram na banheira, para baralhar o julgamento.

Agora, Tânia Reis e João de Sousa deixam a defesa do caso, considerando que foram “enganados por Rosa Grilo”, como avança a TVI.

O Correio da Manhã confirmou esta informação junto de João de Sousa.

A TVI nota que a advogada e o ex-inspector alegam “quebra de confiança”, notando que “empurram” a responsabilidade para Rosa Grilo pela bala encontrada posteriormente às primeiras buscas.

Esta nova bala no local do crime suportava a tese da defesa que argumentou que Luís Grilo foi morto por cidadãos angolanos no âmbito de um negócio de diamantes.

O Supremo Tribunal de Justiça negou, nesta quinta-feira, os recursos apresentados por Rosa Grilo e António Joaquim, o ex-amante da viúva e suspeito de ser co-autor do homicídio, que pediam a repetição do julgamento.

Assim, foi confirmada a pena máxima de 25 anos de prisão para cada um.

António Joaquim já anunciou que vai recorrer para o Tribunal Constitucional e para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

Tânia Reis tinha igualmente anunciado um recurso, em nome de Rosa Grilo, para o Constitucional antes de ter deixado a defesa do caso.

ZAP //

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