O primeiro-ministro garantiu que não haverá qualquer aumento da carga fiscal em 2018 e confirmou que será o ano do arranque do descongelamento das carreiras na função pública, que vai beneficiar mais os enfermeiros.
“Vamos começar (descongelamento das carreiras) por onde é justo, que são os que tiveram congelamento total há mais tempo”, afirmou António Costa, na entrevista publicada hoje no Diário de Notícias, confirmando que o descongelamento não será total.
Os enfermeiros, que estiveram toda a semana em luta, numa greve de cinco dias, são quem mais vai beneficiar do descongelamento das carreiras da função pública, afirmou o chefe do Governo. “Porque o seu sistema de pontuação necessária para a progressão é majorado relativamente ao conjunto da administração pública”, disse.
Em relação ao IRS, quando questionado se para aliviar os impostos nos escalões mais baixos a contrapartida será aumentar a taxa dos escalões mais altos, o líder do Governo foi claro: “Não está previsto haver qualquer aumento da tributação sobre os rendimentos das pessoas singulares”.
Sobre o futuro da União Europeia, Costa insistiu que o mais importante de tudo é haver “uma capacidade orçamental própria da zona euro que permita financiar a convergência económica e social entre as economias dos diferentes Estados-membros”.
O primeiro-ministro acrescentou que “não haverá estabilidade duradoura na zona euro”, se continuarem a aumentar as divergências entre as diferentes economias e não se reforçar a convergência. No entanto, Costa disse ver sinais muito positivos, não só “na atitude que o Presidente Macron tem apresentado”, na forma como “Juncker se tem pronunciado”, mas também nas “declarações que Angela Merkel fez” recentemente em que, “pela primeira vez, aceitou
expressamente a existência de um orçamento da zona euro focado no investimento, visando suprir os défices de convergência”.
A propósito da reavaliação da Standard & Poors da dívida soberana portuguesa, na noite desta sexta-feira, que retirou Portugal do ‘lixo’, António Costa salientou que “confirma a correção da estratégia” que o Governo tem seguido.
A Standard & Poors reviu em alta o ‘rating’ atribuído à dívida soberana portuguesa de ‘BB+’ para ‘BBB-‘, um primeiro nível de investimento. Com esta revisão em alta para ‘BBB-‘, com perspetiva ‘estável’, Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de ‘rating’ mundiais.
Desde 2012 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating ‘BB+’, a nota mais elevada de não investimento, com uma perspetiva ‘estável’.
O primeiro-ministro disse estar ciente de que é preciso prosseguir um caminho de rigor nas contas públicas e que “ao longo destes dois anos se tem provado que o Governo e os parceiros parlamentares têm conseguido cumprir os compromissos que assumiram entre si”.
// Lusa
Vai descongelar que carreira? Mas será que ao fim de 5 diasde enfermeiros a pedirem uma carreira, estes senhores não perceberam que a enfermeira especialista está sem carreira! A antiga carreira ( congelada a 20anos ) foi extinta e a progressão nela não é compatível com a actual( inventada em 2009) que carece de avaliações que nunca foram feitas…. Vão descongelar o quê e para quem? Do Passos ao Costa, estão todos na mesma… É melhor mandar a ASAE ver o que andam a por nos bolinhos do bar da Assembleia!
ENFERMEIROS: CRIME E CASTIGO
Quase metade dos enfermeiros esvazia orçamentos sucessivos do Estado desde as governações do Sr. Cavaco. Com o 5º (actual 9º) ano de escolaridade e o Curso Geral de Enfermagem como habilitações, de equivalência em equivalência em dois anos era vê-los a fazer mestrados (com retroactividade nas carreiras) e doutoramentos, alcançando salários com que nunca haviam sonhado. Os que leccionavam na Escolas de Enfermagem atingiram o grau de Professor. Os já reformados (estes como Catedráticos!!!!) ficaram com reformas absurdas, ainda no tempo em que não havia cortes.
Alcançaram lugares de chefia e direcção de topo na função pública- e com uma iliteracia que ainda faz dó. Juntamente com os professores primários e os auxiliares dos Infantários, com equivalências fraudulentas sugavam (e sugam) o Estado em dezenas de milhões de euro mensais actualmente.- isto, sem parar, desde há cerca de 25 anos.
Os mais novos pagam a factura: jamais atingirão o patamar a que têm direito.
Ainda por cima, atiram-nos para funções que não são as suas. Metade dos enfermeiros no SNS não exercem enfermagem. Fazem o que chamam de “consultas de enfermagem”- coisa que não existe- onde baralham e confundem os doentes fazendo de médicos, de fisioterapeutas, de nutricionistas, de psicólogos, de formadores (com power-points de fazer rir as pedras da calçada). Tudo menos serem enfermeiros…
E, claro, dizem que faltam enfermeiros. Pois faltam, porque a maior parte não exerce as suas funções.
Agora meteram-nos numa “luta” sem solução da qual a esmagadora maioria não conhece os contornos.
Nem os prostíbulos sindicais tão pouco.