Um homem que estava a ajudar os feridos no café Comptoir Voltaire, um dos locais atacados na passada sexta-feira em Paris, descobriu, quando abriu a sua camisola, que uma das vítimas que estava a tentar salvar era um dos próprios bombistas suicidas.
Na passada sexta-feira, o caos instalou-se em Paris quando vários ataques coordenados pelo Estado Islâmico abalaram vários pontos da capital.
Um deles foi o café Comptoir Voltaire, onde David, enfermeiro de profissão, estava a ajudar as vítimas provocadas pela explosão que se deu no local.
O homem estava a fazer reanimação cardiorrespiratória a uma das pessoas inconscientes que estava no estabelecimento, quando se apercebeu que a ‘vítima’ era um dos bombistas suicidas.
“Havia fios, um branco, um preto, um vermelho e um laranja. Quatro cores diferentes”, contou David à Reuters, citado pelo RT.
“Então percebi que era um bombista suicida”, recorda o enfermeiro que, na altura, achava que se tinha tratado de uma explosão de gás no interior do café.
O homem em questão era Brahim Abdeslam, um dos responsáveis pela série de ataques que mataram 130 pessoas.
David, de 46 anos, avisou os bombeiros da situação que tinha em mãos, algo que fez com que todos começassem a gritar para evacuar a zona.
A polícia contou ao enfermeiro que a sorte foi a bomba do terrorista não ter explodido completamente.
“É um processo que requer muita força”, diz ao recordar-se da reanimação que estava a fazer no momento. “Só por ter feito isso, também podia estar morto”.
ZAP / RT