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Estado, famílias e empresas nunca deveram tanto dinheiro

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SXC

O endividamento total da economia portuguesa atingiu um novo recorde em maio, com a soma do que devem Estado, famílias e empresas a ascender a 724,7 mil milhões de euros.

Em maio, o endividamento do setor não financeiro aumentou, pelo segundo mês consecutivo, para um valor recorde de 724,7 mil milhões de euros, segundo dados revelados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

“Em maio de 2018, o endividamento do setor não financeiro situava-se em 724,7 mil milhões de euros, dos quais 322,4 mil milhões respeitavam ao setor público e 402,3 mil milhões ao setor privado”, informou o Banco de Portugal no boletim estatístico.

Em relação ao mês de abril, o endividamento da economia cresceu em mil milhões de euros, já que nesse mês tinha ascendido a 723,65 mil milhões, valor revisto em baixa pelo Banco de Portugal, em relação aos 724,29 mil milhões inicialmente avançados, explica o Jornal de Negócios.

Este aumento resulta, sobretudo, da subida do endividamento do setor privado (700 milhões de euros), dado que no setor público o incremento foi de 300 mil milhões.

Aliás, este aumento da dívida pública já era conhecido e foi justificado pelo Banco de Portugal com a subida dos empréstimos relativamente ao final de abril. “Os ativos em depósitos das administrações públicas diminuíram 1,1 mil milhões de euros, tendo a dívida pública líquida de depósitos registado um acréscimo de 1,4 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, totalizando 226,3 mil milhões de euros”, esclareceu.

No que diz respeito ao setor privado, “observou-se um aumento do endividamento externo das empresas em 0,5 mil milhões de euros. Os particulares registaram um incremento do endividamento face ao sector financeiro de 0,2 mil milhões de euros”.

Estes dados revelam o valor nominal do endividamento, dado que ainda não estão disponíveis os dados do produto interno bruto (PIB).

ZAP //

9 Comments

  1. No passado recente muitos foram aqueles que diziam que não tinham qualquer responsabilidade na dívida nacional. Pois, por perfeito desconhecimento, diziam isto. Nada de mais errado. Todos os portugueses têm a sua fatia na dívida nacional, mesmo aqueles que nunca contraíram um único crédito. É que o Estado para pagar aos fornecedores e aos trabalhadores endivida-se. E todos os anos tem menos receitas do que despesas (anos houve em que esta diferença era próximo de 10%; depois veio o Passos aproximar estas duas grandezas). Assim temos funcionários públicos a receber acima das possibilidades do nosso estado e sobretudo da nossa economia. De igual modo no privado, as empresas estão todas descapitalizadas e endividadas. Sem fortes e diferenciadores fatores de competitividade internacional a generalidade das nossas empresas apenas sobrevive. E assim, endivida-se diariamente!
    Tudo na nossa economia está desajustado mas infelizmente, e não faltará seguramente muito tempo, iremos ter um novo acerto geral. E esse momento não vai demorar muito mais tempo. Prevejo que num horizonte de 4 anos teremos um novo apertão. Vamos ver. Até poderá ser antes caso a guerra comercial entre bloco sofra uma escalada rápida.

    • Deve o país. Logo também deves!
      E muito provavelmente o país endividou-se para pagar o teu salário ou a tua pensão.

      • NÃO POSSO ESTAR DE ACORDO!!! O PAÍS ENDIVIDOU-SE POR MÁ GESTÃO! SERÁ SEMPRE IMPOSSÍVEL GANHAR 10 E GASTAR 20. PERGUNTEM A QUALQUER DONA DE CASA. A “PEQUENA” DIFERENÇA É QUE A DONA DE CASA USA O SEU DINHEIRO E OS MAUS GESTORES (POLÍTICOS/GOVERNANTES) USAM DINHEIRO DOS OUTROS… SÃO «ELES» QUE NOS ENDIVIDAM!

  2. Não há de facto necessidade de ir ao oculista para verificarmos que está tudo a ir na mesma onda, agora é só deixar continuar andar porque o vício está de novo entranhado e depois quando tudo chegar à beira do precipício chama-se de novo a troika e alcunham-se de criminosos aqueles que se sujeitarem governar o país em tais condições, na prática será de novo reviver mais do mesmo.

  3. Alguns andam a divertir-se com o dinheiro dos outros e depois pagamos todos. O cenário e a prática já é conhecida. Assim, não é difícil fazer omeletas com os ovos dos outros e vender a “banha da cobra”, que está tudo bem e que o país está no melhor. Os portugueses não aprendem e só têm aquilo que merecem e gostam de ser enganados.
    As aparentes melhoras que estamos a atravessar, são, isso sim, resultado do ciclo económico mundial e quando este der a volta (já faltou mais) e quando o BCE deixar de comprar dívida (acaba em Dezembro), os juros forçosamente vão subir e aí é que vão ser elas. Se estivéssemos tão bem como nos “pintam” como se compreende que sejamos o 3º país da UE a crescer menos e onde a dívida continua a crescer, ao contrário de outros!!

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