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Encontrado navio de guerra romano preservado em mina sérvia durante 1.300 anos

Institute of Archaeology

Trabalhadores de uma mina em Kostolac, na Sérvia, encontraram três embarcações naufragadas que foram enterradas há pelo menos 1.300 anos naquele local.

Os investigadores acreditam que se tratem de barcos romanos, já que correspondiam a descrições antigas de barcos usados por grupos eslavos para atravessar o rio Danúbio e atacar a fronteira romana. Duas das embarcações mais pequenas foram esculpidas de um único tronco de árvore, escreve o All That’s Interesting.

A principal descoberta foi um navio que tem quase 15 metros de comprimento e parece ter sido construído com técnicas romanas.

O sítio em que as embarcações foram descobertas também não deixa de gerar curiosidade aos especialistas. A mina situa-se perto da antiga cidade romana de Viminacium, que servia de base para navios de guerra romanos no Danúbio.

Os barcos foram enterrados sob sete metros de lodo e argila, que os mantiveram extremamente bem preservados. No entanto, o maior navio foi bastante danificado durante as escavações dos mineiros sérvios.

“O navio foi seriamente danificado pelo equipamento de mineração”, disse o arqueólogo Miomir Korac, diretor do Instituto Arqueológico e chefe do Projeto de Ciência Viminacium. “Aproximadamente 35% a 40% do navio foi danificado”.

Felizmente, todas as partes do navio foram recolhidas pela equipa de arqueólogos, pelo que deverá ser possível reconstruir quase totalmente a embarcação. Isto vai ajudar os especialistas a perceber onde é que os barcos foram construídos, embora suspeitem que se seja obra dos antigos romanos.

O maior dos navios seria capaz de albergar entre 30 a 35 marinheiros. Os pregos e armação de ferro na parte inferior sugerem que este foi um navio muito viajado e que terá sido consertado várias vezes.

Os investigadores acreditam que houve uma batalha no Danúbio entre o navio de guerra romano e os combatentes eslavos em duas embarcações menores. O palpite da equipa de arqueólogos é baseado na proximidade do navio à base naval de Viminacium. Por enquanto, devido à pandemia de covid-19, ainda não é possível saber os resultados de laboratório para aferir a idade das embarcações.

Os barcos foram abandonados ou evacuados. Eles não afundaram repentinamente com carga. Se isso acontecesse durante a invasão bárbara e a retirada das tropas romanas, o barco poderia ser abandonado e afundado para não cair nas mãos do inimigo”, explica Korac.

ZAP //

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